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Berger detona F1: “no meu tempo o carro era um canhão solto”

Dono de nove vitórias na categoria, austríaco reclama de áreas de escape de asfalto e quer ver piloto voltando a fazer a diferença

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Gerhard Berger
Gerhard Berger e Alain Prost (FRA)

Que a Fórmula 1 não vive uma de suas melhores épocas, parece ser do entendimento de todos. Por isso, Gerhard Berger pede que a categoria seja mais imprevisível.

Piloto do campeonato entre 1984 e 1997, ele diz que os carros e as pistas de sua época eram muito mais desafiadoras do que são atualmente.

"Os fãs querem ver mais disputas na pista e mais ação também", falou Berger ao jornal Salzburg Nachrichten. "No meu tempo, um carro de F1 era como um canhão solto.”

"Tínhamos 1400 cv e sem tantos recursos de pilotagem. Hoje é evidente após a primeira curva quem vai ganhar a corrida.”

"Temos de voltar para um sistema onde o piloto é a chave para o sucesso na F1. Deve haver apenas quatro ou cinco pilotos que são capazes.”

"Temos de fazer essa alteração para manter os fãs assistindo às corridas."

Novo tipo de domínio

Embora muitas pessoas tenham apontado que os níveis de domínio mostrados pela Mercedes atualmente tenham sido os mesmos que outras equipes tiveram no passado, Berger acha que há grandes diferenças.

Para ele, o fato de os carros serem muito mais confiáveis agora faz com que o esporte se torne muito menos emocionante.

"Havia equipes dominantes no passado, mas nós tínhamos mais abandonos também", disse. "Hoje em dia todos os carros vão até a linha de chegada. Não há surpresas mais.”

"Nos velhos tempos, você não tinha certeza se chegava até o final. Mesmo na última volta da corrida você não tinha essa certeza. E erros dos pilotos eram punidos severamente.”

"Mas hoje, todo esse suspense desapareceu. Você tem áreas de escape de asfalto enormes, onde, com um pouco de sorte, você nem mesmo perde uma posição quando você sai."

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