Chefe da Alfa Romeo elogia Roberto Faria mas alerta: “tem que vencer”
Comandante da equipe na F1 também gere programa da Sauber, do qual brasileiro faz parte e compete na GB3 (F3 Britânica)
O Brasil não tem um piloto em tempo integral na Fórmula 1 desde a saída de Felipe Massa após o término da temporada 2017. Depois, Pietro Fittipaldi fez valer sua condição de piloto reserva da Haas para substituir Romain Grosjean nas duas provas finais de 2020, após o forte acidente do francês no Bahrein.
Um dos nomes apontados como promessa do país é Roberto Faria, destaque da GB3 (Fórmula 3 Britânica) e que faz parte da academia de jovens pilotos da Sauber, que busca condicionar um piloto para chegar até a F1 na Alfa Romeo.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Frederic Vasseur, que comanda a academia, falou sobre as possibilidades de o piloto carioca chegar à F1.
“É estágio inicial”, disse Vasseur, ao responder sobre as primeiras impressões sobre faria. “Vamos ter um diálogo com ele também. Mas estamos no início da temporada.”
O mandatário comentou sobre o processo de adaptação dos jovens pilotos, quando saem do kart para os monopostos: “Acho que provavelmente é um dos problemas do kart hoje é que eles estão parando o kart muito cedo para mim. Eu não quero falar como um velho, mas quando eles têm 14 anos, muitas vezes dizem: 'Não tenho mais nada para fazer no kart'. E eles querem ir para o monoposto. Mas quando você tem 14 ou 15 anos, provavelmente é muito cedo para alguns garotos entrarem lá.
“Não estou falando de um rapaz, mas temos que dar a eles tempo para se desenvolverem, não como pilotos, mas como seres humanos. Às vezes, essa carreira também não é fácil para eles gerenciarem. Temos que desacelerar um pouco o processo, para dar a eles a oportunidade de se desenvolverem.”
“O próximo passo (de faria na GB3) é vencer e então veremos. Ele sabe perfeitamente que tem que vencer.”
Vasseur repetiu a necessidade de bons resultados de Faria, mostrando que não terá muita paciência, caso o brasileiro não vença.
“Tivemos uma conversa, ele foi brilhante quando conversamos no inverno passado e fiquei mais do que satisfeito em fazer algo com ele, mas também fui muito claro sobre o processo. Eu nunca vou assumir um compromisso no médio prazo. Disse: ‘temos um projeto juntos, você está fazendo esse campeonato, você tem que vencer, ok? Se você vencer, serei solidário no ano seguinte, não nos próximos cinco anos’.”
Sobre o desejo brasileiro de ter novamente um piloto do país na F1, Vasseur foi novamente direto: “O que podemos fazer? Poderíamos tentar selecionar alguns jovens para ajudá-los, dar-lhes as ferramentas para alcançar essa meta. Mas então eles têm que fazer seu trabalho.
“Minha contribuição hoje é pegar um ou dois brasileiros e dizer: ‘Ok, gente, a gente poderia te ajudar com o simulador, com alguma formação técnica, com o fisio. OK, tudo está na mesa, mas agora você tem que fazer o trabalho. Eu não vou fazer o trabalho por eles.”
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