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Chefe da Caterham apoia pagantes e alfineta Kovalainen

Após três anos com o finlandês, Cyril Abiteboul defende que a equipe precisava de pilotos com "mais energia e apetite"

A Caterham foi uma das equipes que aderiu de vez aos pilotos pagantes. O time, que em seu ano de estreia, em 2010, apostava na experiência de Heikki Kovalainen e Jarno Trulli, dois pilotos que não traziam patrocinadores, inicia 2013 “começando do zero”, como reconheceu o chefe Cyril Abiteboul. Com o estreante Giedo van der Garde e Charles Pic, em seu segundo ano, a Caterham agora conta com dois pagantes.

Além de justificar a mudança na direção da equipe, Abiteboul aproveitou para alfinetar Kovalainen, salientando que o time precisava de pessoas “com mais apetite e energia” do que o piloto finlandês, dispensado ao final da temporada passada.

“Acho justo dizer que temos pilotos com valor comercial e não vejo isso de forma negativa”, afirmou Abiteboul à Sky Sports. “Acho que há um bom equilíbrio entre seu valor comercial e esportivo. Giedo está com a McGregor desde 2007, e isso diz algo. É uma empresa que patrocina a Williams e está envolvida com outras equipes. Eles conhecem como a F-1 funciona e o fato de apoiarem um piloto em particular é uma garantia para Giedo”, destacou.

“É o mesmo com Charles, apoiado pela Renault. Essas coisas importam porque quando você é uma equipe jovem, não é fácil atrair patrocinadores. E o valor individual versus o valor da equipe tem de ser usado de maneira esperta. É algo que não temos vergonha de dizer. Mas não acho que exageramos esse fator em detrimento a outros aspectos da escolha de pilotos.”

Abiteboul lembrou que a equipe tentou manter pilotos experientes para ajudar a se desenvolver e não colheu os frutos esperados. Nos dois primeiros anos, tinha Kovalainen e Trulli e, na última temporada, trocou o italiano pelo pagante Vitaly Petrov. Curiosamente, foi o russo quem salvou a equipe, com o 11º lugar no GP do Brasil, de amargar a 11ª colocação no Mundial de Construtores.

“Gostaríamos de manter a experiência em nossa dupla. Mas é algo em que só nos interessaríamos sob as condições certas. Fora isso, acho que Heikki já teve sua carreira. Acho que era interessante para nós pensarmos sobre nosso futuro, sobre pessoas com muita energia e apetite”, disse Abiteboul.

“Acho que desapontamos nossos pilotos em relação às promessas que lhes fizemos. Não acho que fizemos isso por três anos com Heikki, mas a relação já durava três anos e isso vai estragando. Chegamos em um determinado ponto no final da temporada passada em que talvez não houvesse tanta confiança e respeito – de ambos os lados – necessárias para o desenvolvimento da equipe e do piloto. Com Giedo e Charles, estamos começando do zero. Às vezes, quando você decepciona muito, a relação acaba.”

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