Comissário no Canadá, Fittipaldi vê Hamilton agressivo demais
Bicampeão criticou a postura do piloto inglês: “Ele é espetacular, mas quando deixa de respeitar o outro, está errado”
O TotalRace conversou em Montreal com o bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. O piloto brasileiro fará parte do grupo que irá policiar as ações dos pilotos no GP do Canadá. Tal função se tornou o centro das atenções há duas semanas, quando Lewis Hamilton se disse perseguido pelos comissários após receber duas punições por excessos em manobras de ultrapassagem no GP de Mônaco. Emerson defendeu as decisões.
“Acho que Lewis é um talento excepcional, campeão mundial, só que, às vezes, ele é muito agressivo na hora de ultrapassar, como foi na corrida de Mônaco, colocando o Felipe em uma posição difícil, para não dizer outra coisa. Foi uma situação de risco. Acho que agressividade tem de ter limite, respeitando o outro e não deixando de ser competitivo por causa disso.”
Perguntado sobre a comparação com Ayrton Senna que o próprio Lewis costuma fazer, Fittipaldi afirmou que o inglês é diferente.
“O Ayrton também era um piloto muito agressivo. Mas eu não lembro de vê-lo fazendo o que o Lewis fez. E não foi só em Mônaco. Se voltarmos três anos atrás, acho que no GP da Bélgica, em Spa, ele também fez algumas manobras muito críticas com o Raikkonen. Você vê que não é uma coisa normal fazer aquele tipo de ultrapassagem agressiva.”
O ex-piloto de F-1 destacou, no entanto, que gosta de ver o inglês em ação, mas que tudo tem seu limite.
“Acho que ele é espetacular. Do ponto de vista do público, de quem está assistindo na TV ou no circuito, é legal ter um piloto espetacular na corrida, é parte do show. Mas tem que haver respeito.”
Este é o segundo GP do Canadá em que Emerson atuará como comissário, função que ocupou no ano passado em Montreal e também em Monza.
“Adoro o Canadá, tenho ótimas lembranças e gosto muito de vir para cá. É uma pista em que todo ano acontece muita coisa. Mas é supertranquilo ser comissário. Do meu ponto de vista de piloto, tenho de ver o que os outros estão fazendo. Então acho que minha análise é mais fácil do que a dos comissários que não são pilotos.”
Apesar da promessa de uma corrida movimentada, o bicampeão não se intimida.
“Estou tranquilo, muito seguro. Quando há uma certa dificuldade no julgamento, a gente chama o piloto e escuta o que ele fala. No caso de um conflito, escutamos os dois lados e tomamos a decisão.”
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