Fórmula 1 GP do Azerbaijão

Equipes da F1 rejeitaram no ano passado mudança nas regras para erradicar porpoising

Informação surgiu durante fim de semana em Baku e, mesmo hoje, alguns chefes se mostram reticentes quanto a uma alteração, mesmo entendendo a necessidade

Sparks fly from Max Verstappen, Red Bull Racing RB18

A esperança dos pilotos em conseguirem uma mudança nos carros de 2022 para erradicar o porpoising parece mais distante após o surgimento de uma informação de que as equipes da Fórmula 1 já rejeitaram uma proposta do tipo ainda no ano passado.

Nas últimas corridas, vem crescendo a irritação dos pilotos sobre os impactos físicos e riscos da exposição contínua ao porpoising, ganhando outro patamar no GP do Azerbaijão, com o assunto sendo trazido na reunião dos pilotos.

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George Russell, diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, teria pedido diretamente à FIA sobre uma solução, expressando abertamente suas preocupações sobre as implicações de segurança que o fenômeno traz.

"Acho que é apenas uma questão de tempo até vermos um grande incidente. Muitos de nós mal conseguem manter o carro em linha reta com essas ondulações".

Mas enquanto outros pilotos compartilham da preocupação, nem todas as equipes acreditam que seja necessário algo drástico a curto prazo, especialmente pelo fenômeno afetar o grid em diferentes graus.

Surgiu a informação de que, no ano passado, em meio a discussões sobre o carro de 2022, foi apresentada uma proposta para reverter os riscos do porpoising. Foi apurado que, com as equipes sabendo que teriam que colocar os carros próximos ao chão, a ideia de erradicar as quicadas foi discutida.

Mas a proposta, que envolvida diversas questões técnicas, incluindo uma altura mínima do carro, não recebeu o apoio necessário para aprovação. Mas enquanto as equipes não viram lá a importância de algo do tipo, as declarações dos pilotos coloca novamente o caso sob os holofotes.

"Muitos de nós mal conseguem manter o carro na reta com essas quicadas. Estamos fazendo as últimas duas curvas a mais de 300 por hora, quicando. É visível o quão próximo do asfalto os carros estão"

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

Andreas Seidl, chefe da McLaren, concordou que a "brutalidade" do porpoising faz com que a discussão com a FIA seja necessária. Mas enfatizou que, na verdade, qualquer equipe pode ser livrar instantaneamente do problema ao levantar a altura dos carros, algo que viria com uma perda de performance.

"Entendemos a severidade do que vemos em alguns carros, é brutal aos pilotos, e é por isso que é justo discutir isso no Comitê Técnico, para ver faz sentido resolver. Mas, ao mesmo tempo, uma equipe sabe como resolver isso imediatamente".

Toto Wolff, da Mercedes, disse que a situação não é tão simples, sentindo importante entender porque alguns carros sofrem mais do que outros.

"Acho que temos carros que não sofrem e outros que claramente sofrem. Posso falar pelos meus pilotos: eles têm problemas, e chega a um ponto em que nem a fisioterapia consegue solucionar. Então precisamos ver como isso se desenvolve, entendendo porque alguns sofrem mais".

Mattia Binotto da Ferrari, não acreditava que os carros atuais seriam particularmente problemáticos de guiar, e disse que é preciso mais tempo para entender a questão.

"Se olharmos para a F1, não acho que sejam os menos confortáveis para guiar, em termos de categorias de monopostos. É um desafio para os pilotos, sem dúvidas. Mas ainda acho que esses carros sejam confortáveis de guiar, com um desafio técnico. Se olharmos para nós mesmos, já progredimos e podemos seguir evoluindo. Certamente é cedo demais para julgar".

 

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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