Ex-engenheiro da F1 acredita que FIA poderá ter que 'intervir' no porpoising
Segundo Jean-Claude Migeot, que trabalhou na Tyrrell, efeito notado na pré-temporada poderá ter consequências desagradáveis nas corridas
As equipes de Fórmula 1 terão que encontrar soluções para o porpoising no túnel de vento, e as consequências podem ser "trágicas" se não resolverem rapidamente, de acordo com o ex-engenheiro da categoria Jean-Claude Migeot. A volta do efeito solo para 2022 resultou no retorno do fenômeno, no qual o movimento de elevação do carro é influenciado pelo fluxo de ar e causa oscilações para cima e para baixo.
Isso foi um problema para os monopostos no início dos anos 80, quando a aerodinâmica citada foi permitida pela última vez, e também foi vista em outras divisões - particularmente em Le Mans - em altas velocidades.
Migeot, que foi responsável pela Tyrrell e o design de seu inovador carro 019 e envolvido no desenvolvimento em várias categorias, disse que as opções limitadas de suspensão da F1 significam que as equipes terão que focar suas pesquisas em encontrar uma solução para propor na aerodinâmica.
"Sabendo que a suspensão ativa é proibida e a quantidade de coisas que não estão lá, você fica com muito pouca liberdade ou parâmetros para analisar", disse Migeot ao Motorsport.com. "Você não pode ignorar a otimização das forças estáticas que colocam o carro na melhor posição para qualquer curva que escolher. Isso é estratégico."
"No lado da suspensão, a menos que você esteja fazendo alguma invenção - como na época das saias, algo inerte pode estar lá e talvez isso possa ajudar, mas é proibido novamente. Então, essa solução está no túnel de vento. É olhar para essas forças e otimizá-las junto às estáticas."
"Temo que isso demore, porque acabamos de ver a ponta do iceberg em Barcelona."
Max Verstappen, Red Bull Racing RB18
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Migeot explicou que a causa do porpoising está nas forças aerodinâmicas dentro da parte inferior da carroceria em alta velocidade, induzindo o movimento no carro perto de sua frequência natural de elevação.
Ele acrescentou que, se as equipes não conseguirem encontrar uma solução para o problema, a visita da F1 a circuitos mais acidentados pode resultar em consequências "trágicas" se a FIA não reagir.
"Vai ser trágico em uma pista acidentada e também nas corridas, porque quando você está freando forte para ultrapassar, vai influenciar muito esse fenômeno", disse ele. "Então, talvez veremos coisas muito ruins. Acho que a FIA reagirá antes disso. Se ninguém tiver tempo para encontrar a melhor solução, ela terá que reagir."
"Espero estar errado, é claro, porque será uma surpresa desagradável. Eles confiaram muito no downforce da parte inferior da carroceria e se livraram do degrau quase completamente."
"Essa pode ter sido a razão de tudo isso, mas se adicionarem isso de volta, a força descendente vai cair e teremos que enfrentar carros muito lentos, o que não é bom, mas talvez menos pior no momento."
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