F1 avalia formato 'híbrido' para classificação no Bahrein
Categoria deve segurar volta ao formato de classificação utilizado até 2015 para tentar uma versão híbrida - juntando a fórmula antiga com a tentada em Melbourne - no treino que definirá o grid de largada do GP do Bahrein
Com uma votação para definir os rumos do treino classificatório da Fórmula 1 prevista para acontecer nas próximas 24 horas, fontes revelaram ao Motorsport.com que há um movimento no sentido de tentar um formato 'híbrido' - que mesclaria a nova e antiga fórmula - para o treino que define o grid de largada do GP do Bahrain.
O fiasco no final do Q3 do GP da Austrália - quando não havia carros na pista e o top-8 estava definido bem antes da bandeira quadriculada - levou as equipes a chegar a um acordo unânime de que o novo formato deveria ser totalmente descartado e o GP do Bahrein marcaria o retorno ao formato utilizado na temporada passada e o modelo eliminatório só voltaria em 2017 após longa avaliação.
Reviravolta
Entretanto, fontes revelaram que o retorno ao formato utilizado em 2015 não teve apoio irrestrito da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e um plano alternativo tem sido levado em consideração.
Com a comissão da F1 e o Conselho Mundial da FIA preparadas para tomar uma decisão até o final da quinta-feira sobre o que vai acontecer no Bahrein, entende-se que há busca de apoio para uma solução que seja um meio-termo entre o visto na Austrália e o modelo aplicado na temporada passada para a corrida em Sakhir.
Tal solução seria a aplicação do formato eliminatório no Q1 e no Q2, mas com mais tempo estendido entre cada eliminação, e o Q3 voltaria ao modelo antigo. Com isso, a categoria teria mais tempo para um completo entendimento sobre o funcionamento do formato eliminatório.
Formato permanente
Se o sistema 'híbrido' funcionar no Bahrein, os chefes da F1 devem trabalhar em um formato permanente, que seria utilizado então até o final da temporada.
Devido ao formato de governança atual da categoria, qualquer mudança nas regras precisa ter apoio unânime - sem isso, o formato visto em Melbourne permanece em vigor. Com isso, mesmo que as equipes prefiram voltar para o sistema de 2015, sem o apoio da FIA tal alteração não é possível.
Da mesma forma, para que o sistema 'híbrido' entre em vigor, há a necessidade da aceitação por parte das equipes, da FIA e de Bernie Ecclestone, chefão da F1.
Tanto a Pirelli quanto a Force India afirmaram durante o GP da Austrália que não estavam convencidas da necessidade de abandonar totalmente o sistema eliminatório na classificação.
O vice-diretor da equipe indiana, Bob Fernley, revelou ao Motorsport.com que o time apoiaria um Q3 ajustado, mas não impediria o retorno ao modelo antigo se fosse a voz solitária na oposição.
"Não queremos ficar como os únicos opositores se isso for algo negativo para a F1. Se estiverem fazendo algo bons para os fãs e para a categoria, jamais ficaremos no caminho", disse.
“Mas todos estamos sob pressão na classificação e seria uma pena se jogássemos o novo formato totalmente fora sem termos avaliado apropriadamente", completou.
Reportagem adicional por Franco Nugnes
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