F1: Brown compara McLaren a "Darth Vader" em seus anos de declínio
CEO da equipe britânica acredita que McLaren precisava ser mais receptiva ao que os outros queriam
O diretor executivo da McLaren Zak Brown assumiu o comando da equipe britânica em 2016 após a saída de Ron Dennis. Sob o novo comando, a escuderia apresentou um progresso significativo.
A McLaren teve sua melhor temporada de Fórmula 1 no ano passado desde 2012, quando terminou em terceiro lugar no campeonato de construtores e conquistou dois pódios com Lando Norris e Carlos Sainz.
A equipe mudou para motores Mercedes para a temporada de 2021, e foi impulsionada por novos investimentos do grupo americano MSP Sports Capital.
A trajetória ascendente da McLaren contrasta fortemente com as lutas que enfrentou durante a maior parte da década de 2010, enquanto lutava com a perda do status de fábrica da Mercedes e uma mudança malfadada para unidades de potência Honda em 2015.
A queda para o nono lugar no campeonato de construtores em 2015 resultou em uma luta da diretoria que culminou com a saída do CEO Ron Dennis no final de 2016.
Brown assumiu a direção das atividades de automobilismo da McLaren, inicialmente como diretor executivo antes de se tornar CEO da escuderia, e ajudou a rejuvenescer a sorte da equipe.
“O que eu encontrei foi uma equipe em declínio em quase todos os aspectos”, disse Brown em entrevista ao Motorsport.com.
“O patrocínio dos dias da Vodafone, Johnnie Walker, GSK e ExxonMobil foi reduzido a quase um carro em branco. Resultado da corrida, os fatos são os fatos: fomos nonos no campeonato. Isso então se manifestou em uma força de trabalho muito infeliz, então, quando você andava pela sede, as cabeças estavam baixas, não para cima.”
"Não acho que seja culpa alguém, não há um jogo de culpa aqui. Mas você teve uma porta giratória de liderança, começando do topo. Você teve uma batalha de acionistas bem documentada e divulgada.”
“Isso acabou de se manifestar em um ambiente muito prejudicial à saúde. O que tentei fazer foi colocar as pessoas certas no lugar certo, simplificar a organização, focar na organização e tentar ser uma organização mais calorosa.”
O diretor executivo disse que era um "grande admirador" de Dennis e que o considerava "um amigo e claramente uma lenda no esporte", mas explicou como a McLaren precisava ser mais receptiva ao que os outros queriam da equipe e da marca.
“Sempre achei que a McLaren é Star Wars, mas nos tornamos um pouco Darth Vader, e acho que precisávamos ser um pouco mais Luke Skywalker”, comparou Brown.
“Então, legal, Guerra nas estrelas, mas realmente tentamos chamar a atenção da equipe e da marca para o que as pessoas querem da McLaren?”
“Ao colocar as pessoas certas no lugar certo, focar na organização e trazer um pouco de energia e mudança, estamos começando a ver tudo funcionando”.
A McLaren foi impulsionada pela chegada do ex-chefe da Porsche no Mundial de Endurance Andreas Seidl como chefe da equipe e ex-diretor técnico da Toro Rosso, James Key, os quais começaram suas funções em 2019.
A equipe também está embarcando em uma atualização de suas instalações em Woking, incluindo a construção de um novo túnel de vento, bem como a contratação do sete vezes vencedor de GPs Daniel Ricciardo como companheiro de Norris em 2021.
“Temos tudo de que precisamos agora, sejam pilotos, chefe de equipe, diretor técnico, unidade de energia, parceiros patrocinadores, investidores, os recursos, o CapEx (projetos), mas vai demorar mais tempo para gelar”, disse Brown.
“Se você olhar para as duas dominações mais recentes: Mercedes, eles levaram um pouco de tempo para construir esse ímpeto para chegar lá, então, uma vez que eles chegaram lá, é difícil de derrubar do topo da montanha.”
“Antes era a Red Bull. Demorou um pouco para chegar lá. Portanto, este é um negócio dinâmico. Acho que temos um bom momento. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer”, concluiu.
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