F1: Entenda o que está por trás da possibilidade de Ricciardo substituir de Vries na AlphaTauri em 2023
Fontes disseram ao Motorsport.com que a alta cúpula da Red Bull, especialmente o consultor de automobilismo Helmut Marko, quer progresso até o GP da Espanha
A recente visita do australiano Daniel Ricciardo à fábrica de Fórmula 1 da AlphaTauri na Itália para um ajuste de assento alimentou a possibilidade de ele substituir o holandês Nyck de Vries ao lado do japonês Yuki Tsunoda ainda em 2023.
No entanto, enquanto de Vries enfrenta momentos difíceis em sua temporada de estreia na F1, a presença de Ricciardo em Faenza não significa que uma mudança de piloto esteja definitivamente a caminho -- por enquanto.
Ao contrário: a visita de Ricciardo não foi nada fora do comum. Como parte de seu acordo com a Red Bull para este ano, servindo como piloto reserva em algumas corridas, o australiano também cumprirá essa função para a AlphaTauri, portanto, a adaptação do assento é uma necessidade.
Ricciardo ainda não pilotou um carro de F1 desde que assumiu o cargo na Red Bull, com sua primeira ida à pista no RB19 marcada para acontecer no teste de pneus pós-GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.
Mas, com a Red Bull alegando que Ricciardo redescobriu, no simulador, a habilidade que havia 'perdido' na McLaren, ele é um candidato óbvio no AlphaTauri se a equipe decidir fazer uma mudança.
De Vries tem tido um batismo difícil com a escuderia italiana, não tendo ainda marcado um ponto sequer, além de se envolver em incidentes. Seu 'melhor' resultado foi um 14º lugar logo no Bahrein, repetido na Arábia Saudita.
Ele abandonou na Austrália e em Baku, terminando apenas em 18º em Miami depois de tocar a McLaren do britânico Lando Norris na primeira volta. Mas, por ora, o time mantém a fé nele, com o chefe Franz Tost dizendo no Azerbaijão que seria errado não esperar incidentes para um novato.
“Como sempre digo, há um processo de aprendizado porque, se os pilotos não batem, não conhecem o limite. Este é um crédito que você deve dar a eles, senão não funciona. E não havia piloto que não batesse...", ponderou o austríaco.
"Lembro-me de Sebastian [Vettel] nas primeiras corridas, ele voltava [aos boxes] na primeira volta com mais frequência sem o bico dianteiro [do que com]. Isso faz parte do jogo”, afirmou o chefe da AlphaTauri, antiga Toro Rosso.
Nyck de Vries, AlphaTauri AT04, hits Lando Norris, McLaren MCL60, at the start of the race
Photo by: Michael Potts / Motorsport Images
Mas enquanto de Vries não está sob pressão imediata, fontes disseram ao Motorsport.com que a alta direção da equipe, especialmente o consultor de automobilismo da Red Bull, Helmut Marko, quer sinais de progresso até o GP da Espanha, no próximo mês.
Com uma rodada tripla chegando em pistas que de Vries conhece, deve haver uma oportunidade melhor para avaliar seu potencial – e é por isso que o desempenho dele em Ímola, Mônaco e Barcelona será crucial para ditar seu futuro.
O próprio Nyck disse estar ansioso por suas chances em Ímola, pois deve haver bom desempenho da equipe, além de ser um fim de semana regular -- sem a corrida sprint e disputado em um autódromo tradicional, diferentemente do caso de Miami, por exemplo.
“Estamos trazendo algum tipo de atualização maior”, disse ele. “Então, sim, estamos animados para esse fim de semana, para ver se podemos dar um passo à frente. E obviamente é um fim de semana normal, o que também ajuda”, disse o holandês, sem entrar em detalhes sobre as novidades do time.
Reportagem adicional de Adam Cooper
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