F1: Ferrari entra com pedido de revisão da punição de Sainz na Austrália
Chefe da equipe italiana sente que caso Sainz/Ocon recebeu tratamento diferente dos incidentes entre Gasly/Ocon e Sargeant/De Vries
A Ferrari anunciou que entrou oficialmente com um pedido de revisão da punição dada a Carlos Sainz no GP da Austrália de Fórmula 1 do último domingo.
O espanhol recebeu uma punição de cinco segundos dos comissários pela colisão com Fernando Alonso na caótica relargada após a segunda bandeira vermelha, em meio a uma série de incidentes que causou uma terceira interrupção.
A penalidade foi dada antes do reinício da corrida, que ocorreu atrás do safety car apenas para encerrar a corrida. Um emocionado Sainz deixou claro pelo rádio que sentia que merecia uma chance de explicar o incidente aos comissários.
Em contraste, a colisão entre Pierre Gasly e Esteban Ocon, que aconteceu segundos após o caso entre Sainz e Alonso, foi investigada após a corrida, mas sem nenhuma punição. Além disso, outro incidente, entre Logan Sargeant e Nyck de Vries, que terminou com ambos na brita, sequer foi investigada.
Para a última relargada, os carros foram colocados na ordem anterior do grid, exceto os carros que haviam abandonado, o que deixava Sainz em segundo. Com o SC, ele cruzou a linha de chegada nessa posição, mas com o grid todo em sua cola, ele acabou caindo para 12º.
Se a penalização for retirada, Sainz retornaria à quarta posição, e os pilotos atrás dele - Lance Stroll, Sergio Pérez, Lando Norris, Nico Hulkenberg, Oscar Piastri, Zhou Guanyu e Yuki Tsunoda - cairiam uma colocação.
"Como estamos discutindo com a FIA, e no relatório enviado, não quero revelar nenhum detalhe da conversa", disse o chefe Frédérci Vasseur. "A única certeza é que entre esse caso, Gasly/Ocon e certamente Sargeant/De Vries na curva 1, é que a reação dos comissários não foi a mesma. Mas quero evitar fazer comentários".
O processo de revisão foi usado pela última vez na F1 recentemente, quando a Aston Martin desafiou a penalização que inicialmente havia custado o pódio a Alonso na Arábia Saudita. Inicialmente, os comissários tem que decidir se há base para reabertura do caso, especificamente um "elemento novo significativo e relevante".
Se eles decidirem levar o caso adiante, eles devem tomar uma decisão com base nessa nova evidência.
"O processo envolve primeiro uma olhada em nossa petição para ver se o caso é reaberto", disse Vasseur. "Depois, teremos uma segunda audiência, com os mesmos comissários ou os do próximo encontro, sobre a decisão".
"O que podemos esperar é pelo menos termos uma discussão aberta com eles, para o bem do esporte evitarmos esse tipo de decisão, quando você tem três casos na mesma curva com decisões diferentes".
"A maior frustração veio de Carlos, vocês ouviram no rádio, sobre não ter uma audiência. Porque era um caso particular e, nesse especificamente, faria sentido considerar que com corrida a encerrada, que não afetaria o pódio, realizar uma audiência como Gasly e Ocon".
A nova evidência da Ferrari deve girar em torno da telemetria do carro, algo que não estava disponível para os comissários naquele momento, apesar de Vasseur recusar revelar mais detalhes.
"Agora depende dos comissários decidirem qual é a punição correta mas, pelo menos para mim, Carlos, a equipe, reabrir a discussão é um primeiro passo. O resultado dependerá da FIA. Temos nosso argumento, mas guardarei ele para a FIA".
"Certamente estamos esperando uma revisão da decisão, porque é um pedido de revisão, e não teremos a mesma decisão".
Vasseur reconheceu que nem sempre é fácil para os comissários tomarem decisões sobre colisões, especialmente no calor do momento.
"Não quero culpar ninguém. Em incidentes de corrida, eu faço isso há 33 anos, cada vez que temos uma colisão na pista, você tem duas versões, com feedbacks e resultados diferentes, dependendo dos pilotos. Por isso não é um trabalho fácil. E é difícil tomar essa decisão durante a corrida. Sempre pedimos que eles tomem essas decisões durante a corrida".
"Esse caso era provavelmente um pouco particular com as bandeiras vermelhas, com as relargadas, com a última atrás do safety car. E a frustração veio disso, porque sentimos que o caso de Ocon/Gasly teve um tratamento diferente".
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