Fórmula 1 GP da França

F1: Horner aponta 'cartada de segurança' da FIA para mudar regra do assoalho

Chefe da Red Bull vê eliminação dos saltos como uma forma da FIA conseguir a troca do regulamento sem votação ou consentimento geral das equipes

Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing

Em uma tentativa de conter o problema dos saltos, enfrentado por várias equipes da Fórmula 1 no início da temporada, devido ao novo regulamento técnico, a FIA anunciou antes do GP da França que estaria ajustando as regras para o próximo ano por questões de segurança. Só que, na visão do chefe da Red Bull, Christian Horner, a FIA está usando a segurança como uma "carta". 

Isso incluiu o aumento das bordas do piso em 25mm, assim como a introdução de verificações mais rigorosas nos pisos, que encontrou resistência de várias equipes que poderiam desafiar a FIA. A Red Bull se opôs quaisquer mudanças de regras ao longo deste ano, alegando que as equipes que não enfrentaram problemas não devem pagar o preço por outras que tiveram mais dificuldades. 

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Questionado pela Autorsport após o GP da França do último domingo como Horner achava que a saga seria resolvida, o chefe da Red Bull pediu aos responsáveis pelo regulamento da F1 que "apenas seguissem com o processo normal."

"Novamente, não vejo nenhum problema aqui [na França]", disse Horner.

"Nas últimas três ou quartas corridas, você realmente não viu nenhum problema.

"Então, acho que só precisa haver uma solução de bom senso, não é preciso reescrever o livro de regras para o próximo ano em um determinado momento desta temporada, com os limites orçamentários estando onde estão, o que é tarde demais. 

"Acho que na verdade, é um problema ainda maior para algumas das equipes menores, que simplesmente não teriam recursos para reagir.

"Eu acho que qualquer medida que seja tomada, ela só precisa ser sensata.”

Horner afirmou no início do fim de semana que a pressão para as mudanças no assoalho foi tudo para ajudar uma "certa equipe", referindo-se à Mercedes, que tem lutado mais do que a maioria com o carro e com os saltos. 

A Mercedes negou que esse era o caro, alegando que os ajustes no assoalho no piso não garantem uma melhoria no seu rendimento. De acordo com os regulamentos técnicos da FIA, as mudanças de segurança podem ser feitas sem o consentimento e apoio das equipes e "sem aviso ou atraso", mas neste caso, há dúvidas de várias equipes de que essa mudança é uma questão de segurança genuína. 

"Na verdade, eu contestaria que é uma questão de segurança", disse Horner no domingo. 

"Depende de como uma equipe escolhe operar seu carro. Você pode remover os problemas do salto com muita facilidade, mas isso sacrifica o desempenho. 

"Portanto, não é dever da FIA garantir que uma equipe seja competitiva. Caso contrário, teríamos o BOP do motor [equilíbrio de desempenho] nos últimos 10 anos."

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18

Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images

Horner reconheceu que parte do problema era que não havia uma definição real do que constituí uma questão de segurança nos termos dos regulamentos da FIA e disse que a segurança era "um cartão muito fácil de se usar.

“Porque, teoricamente, não é assunto para uma comissão ou votação do Conselho Mundial”, disse Horner.

“Acho que algo pode ser feito, mas acho que só precisa ser sensato. Os números que foram discutidos são muito extremos em comparação com a realidade do que provavelmente poderia ser feito.”

Ele acrescentou que a F1 tinha que ter cuidado para evitar "exagerar em algumas amostras em alguns circuitos pontuais" e que estava confiante de que as equipes iriam se esforçar para gerenciar o problema durante o inverno de qualquer forma, sem as mudanças propostas. 

Embora haja uma divisão entre as equipes, todas enfatizaram a necessidade de uma resolução rápida à medida que começam a considerar o impacto de quaisquer mudanças nas regras em seus carros de 2023.

Horner pensa que as equipes menores e que estão se opondo estão "mais ansiosas sobre isso do que nós" e acrescentou que eles "terão uma voz maior sobre isso do que eu."

"É muito tarde para redesenhar um carro para o próximo ano", o chefe da Red Bull disse.

"Se estivessem falando sobre os aumentos de 25mm na altura do piso, isso é um conjunto completamente diferente de aerodinâmica."

VÍDEO: Leclerc? Pérez? Quem foi o pior do GP da França?

 

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