F1: McLaren nega clima ruim com Mercedes pelo caso Racing Point
Montadora alemã será a fornecedora de motores da equipe britânica a partir de 2021
Em meio às opiniões sobre os controversos dutos de freio da Racing Point, o chefe de equipe da McLaren na Fórmula 1, Andreas Seidl, afirmou que não há “sangue ruim” com a Mercedes nas discussões sobre o assunto.
A Racing Point perdeu 15 pontos no Mundial de Construtores e foi obrigada a pagar uma multa de 400 mil euros (mais de 2,5 milhões de reais) após ter sido considerada culpada por usar um método ilegal para projetar seus dutos de freio traseiros.
A equipe, no entanto, ainda tem permissão para usar os dutos - considerados uma cópia aproximada do design da Mercedes 2019 - pelo resto da temporada, o que levou quatro equipes a planejarem recursos contra a decisão em busca de penalidade mais severa.
A McLaren se juntou, no planejamento de um recurso, com Ferrari, McLaren e Renault, enquanto a Racing Point também deve recorrer em uma tentativa de reverter a sanção que sofreu.
Chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff está procurando mediar as conversas entre os times em uma tentativa de evitar que o caso chegue ao tribunal da FIA, mas expressou seu ponto de vista de que a Racing Point “não fez nada de errado”.
A McLaren será cliente da Mercedes em 2021, quando passará a receber motores alemães. No entanto, Seidl enfatizou que não houve impacto no relacionamento entre McLaren e Mercedes, apesar de suas posições divergentes no caso da Racing Point.
"[Não há] absolutamente nenhum 'sangue ruim' entre nós e a Mercedes", disse Seidl. “De qualquer forma, temos uma ótima relação com o Toto, com a Mercedes, e com os caras de Brixworth se preparando para o próximo ano. No final das contas, o que está acontecendo no momento é com a Racing Point, e não com a Mercedes”.
Embora a McLaren não tenha apresentado um protesto contra a Racing Point por conta dos dutos de freio, a equipe expressou suas preocupações sobre as ações do time rosa no sentido de copiar o carro da Mercedes campeão em 2019.
Seidl se manifestou anteriormente contra a possibilidade de a F1 se tornar um "campeonato de cópias", acreditando que o resultado do caso da Racing Point teria ramificações nos futuros modelos de equipes.
O dono da Racing Point, Lawrence Stroll, fez uma rara declaração pública no domingo antes do GP dos 70 Anos da F1, condenando as outras equipes por "arrastar nosso nome na lama" e dizendo que "tomaria todas as medidas necessárias para provar nossa inocência".
Questionado sobre a resposta de Stroll, Seidl se recusou a comentar devido aos processos legais em andamento. “Eu não quero comentar sobre nenhum desses comentários”, disse. “(Nós) somos parte de um processo legal. Não quero comentar mais sobre isso”.
"E, ao mesmo tempo, é importante não desperdiçar muita energia em todo o caso. Sabemos o que temos que fazer do lado da McLaren para ser mais competitivo e esse é o meu foco principal, junto com a equipe".
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