Fórmula 1 GP do Brasil

F1: Mercedes acredita que clima imprevisível do Brasil pode bagunçar batalha contra Red Bull

Andrew Shovlin, diretor da equipe alemã, disse que rival se sai melhor em temperaturas altas e que sua equipe lida bem com saídas de frente

Andrew Shovlin, Chief Race Engineer, Mercedes AMG

O diretor de engenharia da Mercedes Andrew Shovlin acredita que o clima "muito instável" no Brasil pode impactar a batalha da Fórmula 1 entre MercedesRed Bull. Max Verstappen abriu uma vantagem de 19 pontos sobre Lewis Hamilton no topo do campeonato de pilotos ao vencer o GP do México, marcando sua segunda vitória em três semanas.

A Red Bull também reduziu a distância para a montadora alemã no mundial de construtores para apenas um ponto com o terceiro lugar de Sergio Pérez, a quatro corridas do final da temporada, e tem desfrutado de uma vantagem de ritmo contra a rival nas últimas corridas, deixando-a com a responsabilidade de responder em Interlagos.

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Shovlin observou que ainda havia grandes oscilações de desempenho entre Mercedes e Red Bull, o que era incomum no final da temporada, visto que sua equipe dominou na Turquia há apenas três corridas.

"Normalmente, nesta temporada você vê o desempenho se acalmar um pouco e as mudanças ainda são grandes", disse o diretor. "Haverá circuitos que nos servirão. Tivemos corridas muito fortes em Istambul e Sochi e muitas outras desde a pausa de agosto. Portanto, será para cima e para baixo e definitivamente temos trabalho."

"Acho que no geral, eles estão um pouco à nossa frente, mas isso será afetado pelo clima, pelas temperaturas - tudo terá um papel. O mais importante será a característica de cada circuito. Parece que quando estamos em uma pista de saídas de frente, tendemos a ir um pouco melhor. As duas últimas foram muito sobre o superaquecimento dos pneus traseiros, é muito claro que eles levam vantagem nessa situação."

Questionado sobre como poderia ser a hierarquia no Brasil, Shovlin disse que "dependeria um pouco do clima", que "é inerentemente muito instável" em Interlagos.

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Alexander Albon, Red Bull RB15, Charles Leclerc, Ferrari SF90, and the rest of the field at the first restart

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Alexander Albon, Red Bull RB15, Charles Leclerc, Ferrari SF90, and the rest of the field at the first restart

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

O circuito já sediou uma série de provas afetadas pela chuva, principalmente em 2008 e 2012, quando o GP do Brasil decidiu o campeonato no molhado. A última corrida em tal condição em São Paulo foi em 2016, quando Hamilton venceu.

Segundo Shovlin, temperaturas mais altas provavelmente seriam uma vantagem para a Red Bull, assim como no México, mas sentiu seria impossível de prevê-las.

"Você pode ter uma faixa de 50 graus em um dia, e o oposto no próximo", comentou. "Eu acho que se for um circuito quente, deve ser favorável a eles. Algumas nuvens poderiam muito bem nos servir, mas uma das vantagens que eles tiveram [no México] foi de serem capazes de subir um degrau no downforce da asa traseira."

"Para nós, é o que corremos normalmente. É apenas sobre carro deles parecer ter mais força aerodinâmica do que nós em asas de tamanhos idênticos, e acho que isso jogou contra nós. No Brasil, deveria ser menos problemático, mas é muito difícil de prever."

"Assim como fizemos ao vir [para o Hermanos Rodríguez], veremos os pontos fracos de nosso carro [em Interlagos] e descobriremos como minimizá-los", concluiu.

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Luke Smith
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