F1: Por que os bueiros são um grande problema em Las Vegas?
Desde sua estreia em 2023, o circuito de rua no deserto de Nevada enfrenta pausas por conta da peça se soltando
Não é a primeira e não deve ser a última vez que uma sessão de Fórmula 1 em Las Vegas será interrompida por conta de uma tampa de bueiro. Mas você sabe por que isso acontece? O Motorsport.com te explica o fenômeno.
Bem, a corrida noturna no traçado norte-americano não é a única etapa de rua, porém, há peculiaridades neste fim de semana, que não têm em outras. Por exemplo, Las Vegas é a única corrida de rua que acontece durante a noite e no deserto, com um clima extremamente frio.
Mônaco, Baku e Singapura são as outras corridas de rua no calendário da F1, mas nenhuma delas acontece com temperaturas tão baixas quanto Las Vegas. Esse é um fator importante: o frio pode fazer com que as moléculas do metal se contraiam, assim como o asfalto, criando microfolgas que fazem as tampas ficarem mais instáveis.
Além disso, o asfalto de ruas comuns não é construído para suportar carros de F1, e sim veículos de passeio. Em 2023, na estreia da etapa, o recapeamento foi feito muito perto da corrida, sem tempo suficiente para o asfalto assentar corretamente. Desde então, Vegas convive com problemas recorrentes nas tampas durante os fins de semana da categoria, o que mostra que a base estrutural começou fraca e nunca foi totalmente corrigida.
Mônaco é o oposto: a cidade já conhece os pontos críticos do traçado e reforça as tampas todos os anos com inspeção, solda e fixações reforçadas. Vegas ainda está aprendendo onde estão suas próprias fragilidades.
Efeito solo e a 'sucção'
Las Vegas tem longas retas, e isso amplifica o efeito solo dos carros, por conta das altas velocidades. O assoalho cria uma zona de baixa pressão que 'gruda' o carro no chão, mas gera outra consequência: sucção para cima em qualquer tampa que não esteja completamente travada. Quanto mais alta a velocidade, maior essa força.
Se a moldura de concreto ao redor da tampa tiver qualquer folga, a combinação da sucção + impacto do carro passando (a vibração que os monopostos causam) é o suficiente para causar pequenos deslocamentos.
Las Vegas é uma cidade que nunca para, assim, qualquer tipo de obra pensando em receber a F1 acaba afetando muito o trânsito. Inclusive, há muitas reclamações de que, mesmo o traçado sendo montado com pouco tempo de antecedência, o dia a dia da cidade já fica caótico.
A solução seria repensar o projeto, assim como aconteceu em Mônaco e reforçar as travas. Em 2024, não houve nenhum registro de problemas no traçado em Nevada, diferente de 2023, quando a Ferrari de Carlos Sainz foi seriamente danificada.
Em 2025, o TL2 foi parado, com algumas bandeiras vermelhas, para que a equipe pudesse checar a integridade dessas travas e garantir a segurança dos pilotos.
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