F1: Red Bull defende estratégia usada com Pérez em Abu Dhabi
Equipe austríaca acabou dividindo estratégias de seus pilotos, com Verstappen indo aos boxes apenas uma vez contra duas do mexicano
Sergio Pérez termina a temporada 2022 da Fórmula 1 na terceira posição do Mundial de Pilotos, perdendo o vice-campeonato na última corrida para Charles Leclerc. E, mesmo com o resultado final, o chefe da Red Bull, Christian Horner, defendeu a estratégia de duas paradas feita com o mexicano, destoando de seu companheiro, Max Verstappen, que fez apenas uma.
Além de Verstappen, Leclerc e Lewis Hamilton também adotaram apenas uma parada na corrida, e a proposta da Ferrari foi crucial para que o monegasco terminasse à frente do rival para garantir o vice.
Na corrida, Pérez foi o primeiro dos ponteiros a parar, seis voltas antes de Leclerc, o que permitiu uma rápida redução da diferença para o monegasco. Com isso, a Ferrari mudou os planos e o manteve na pista até o fim, enquanto a Red Bull parou o mexicano novamente na volta 33.
Mesmo com pneus novos, Pérez não conseguiu recuperar a diferença para passar Leclerc na volta final, terminando a 1s3 do rival.
Questionado pelo Motorsport.com sobre a decisão de parar Pérez duas vezes, Horner explicou que ele "gastou um pouco mais do pneu dianteiro direito", que começou a perder rendimento, o que tornaria sua vida difícil sem uma nova troca.
"Ele falava no rádio que o pneu tinha ido embora, e víamos que a Ferrari se preparava para um undercut. O problema com Checo era estratégico naquele ponto, teria sido uma única parada muito, muito longa. Havia uma diferença de seis, sete voltas entre ele e Leclerc".
"Tínhamos a perspectiva de ser uma mosca morta no fim do stint ou tentar atacar. Optamos pelo ataque. Acho que, com mais uma volta, ele teria chegado".
Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, Charles Leclerc, Ferrari F1-75
Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images
A parada prematura meio que deixou a Red Bull sem ter outra opção além das duas trocas, que Horner atribui "toda ao pneu dianteiro direito" problemático.
"Então, como eu digo, é melhor morrer na praia do que ser um alvo ambulante, então adotamos uma estratégia de ataque. Talvez se ele tivesse passado Hamilton [teria funcionado], mas aí são muitos 'e se...?' que não ajudaram. Ele ficou bem perto".
Apesar de perder o vice de pilotos, a Red Bull termina o ano com 17 vitórias em 22 corridas e um recorde de 759 pontos no Mundial de Construtores, o que Horner classifica como "inacreditável".
"Quebramos todos os nossos recordes e alguns da Fórmula 1 também. Obviamente, tivemos altos e baixos nesta temporada, mas quando você olha para o todo, foi um ano incrível para a equipe".
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