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F1: Veja por que Russell está melhor que Hamilton e como isso impacta a Mercedes

Escolhas da equipe germânica e 'adaptação a carro ruim' são alguns dos fatores; saiba mais

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Novo piloto da Mercedes para a Fórmula 1 2022, o britânico George Russell está brilhando a bordo de um problemático W13 e vem superando seu companheiro e compatriota Lewis Hamilton, heptacampeão mundial e membro do time alemão desde 2013, de forma mais do que consistente.

Assim, Russell é apontado por muitos como um dos melhores nomes do ano, ao lado do holandês Max Verstappen, da Red Bull, e do monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, além de gerar críticas a Hamilton, o que levanta suspeitas em relação à harmonia interna da Mercedes neste campeonato.

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Por isso, o Motorsport.com acionou um de seus correspondentes internacionais, que cobrem cada GP de F1 direto do paddock, para ter uma percepção de como a batalha do time alemão é percebida in loco e como Russell tem conseguido bater Hamilton frequentemente em 2022.

Para o repórter britânico Luke Smith, há uma razão simples pela qual o jovem de 24 anos tem superado o veterano de 37 anos. "A Mercedes tem dito que está experimentando um pouco mais com a configuração do carro de Hamilton, apoiando-se em sua experiência, e Hamilton definitivamente teve mais azar com coisas como carros de segurança e incidentes", explicou o jornalista.

Luke Smith entrevistando Pierre Gasly

Luke Smith entrevistando Pierre Gasly

"Mas Russell provou que a Mercedes fez a escolha certa ao lhe dar o assento, pois ele está se ajustando bem a um carro difícil – algo que ele tinha experiência em fazer na Williams", ponderou Smith, lembrando que George estreou no time de Grove em 2019 e lá ficou até o fim de 2021.

"Russell fez muito bem em ficar longe de problemas, evitando incidentes e estando lá para juntar os pontos. Mas ele também lutou muito bem contra outros carros: o melhor exemplo foi na Espanha, quando defendeu brilhantemente contra Verstappen e desempenhou papel importante na corrida."

Tomada de tempo e impacto na Mercedes

"Ele também continuou sua impressionante forma em termos de qualificação, algo que vimos ao longo de seu tempo na Williams, o que garante que ele possa lutar na frente do pelotão intermediário e estar lá para perseguir os carros Ferrari e Red Bull", seguiu Smith.

O repórter, porém, não vê repercussão negativa para a Mercedes no fato de que Russell está superior a Hamilton neste momento: "Não acho que isso esteja tendo muito impacto no ambiente da Mercedes. O time está unido enquanto tenta lidar com um carro difícil e entender os problemas. O fato de a equipe não estar lutando na frente 'removeu' o debate de pré-temporada sobre se a chegada de Russell atrapalharia as coisas na equipe ou representaria alguma ameaça para Hamilton."

"Mas, à medida que a equipe se torna mais competitiva, será interessante ver como essa dinâmica se desenrola. Até agora, está 'tudo bem'. Mas eu colocaria Russell na mesma categoria que Verstappen e Leclerc na discussão sobre piloto da temporada até agora", destaca Smith.

2022 é o melhor ano de Russell na F1 até agora?

"É muito cedo, mas é difícil ver no que mais Russell poderia ter marcado mais pontos ou encontrado mais desempenho até agora. Ele está fazendo um trabalho brilhante", reiterou o jornalista, que também falou sobre se 2022 é o ano mais forte de George na categoria.

"É muito cedo para julgar se esta é a melhor temporada de George na F1 até agora, eu acho. Mas certamente ele vem sendo extremamente impressionante, superando as expectativas estabelecidas no início do ano."

"Ele disse há algumas semanas que a estatística de terminar entre os cinco primeiros em todas as corridas era “sem sentido”, mas não é: prova sua consistência, e sua contagem de três pódios é impressionante, considerando a posição na qual a Mercedes se encontra no momento", diz Smith.

Além da situação das Flechas de Prata no campeonato de construtores, o que chama atenção é a distância de Russell para Hamilton na disputa de pilotos. Ao passo que George tem 99 pontos, Lewis soma 'apenas' 62 unidades, tendo perdido para o companheiro em cinco de oito tomadas de tempo.

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