F1: Villeneuve acredita que Hamilton "não está mais acostumado a correr riscos"
Campeão de 1997 analisa performance de Hamilton em Ímola e disputa com Verstappen pelo título
Apesar da contenção de danos com o segundo lugar, Lewis Hamilton teve um GP atípico em Ímola, cometendo erros, algo pouco comum na trajetória do heptacampeão da Fórmula 1. E para o canadense Jacques Villeneuve, esses problemas que o britânico teve na Emilia Romagna são sinais de que ele não está mais acostumado a sofrer pressão dos outros.
Apesar do erro que quase lhe custou a corrida, a sorte da bandeira vermelha causada pelo acidente entre George Russell e Valtteri Bottas o fez ter a chance de se recuperar, escalando o pelotão da nona posição para terminar em segundo. E o ponto extra da volta mais rápida o garantiu a liderança após a segunda etapa, com um ponto a frente de Max Verstappen.
Segundo Villeneuve, 2021 será uma situação nova para Hamilton, porque, ao contrário dos últimos anos, ele terá novamente um adversário em pé de igualdade.
Apesar de ter sofrido pressão de Sebastian Vettel em 2017 e 2018, Hamilton teve segundos semestres muito fortes para superar a Ferrari, enquanto em 2019 e 2020 mal sofreu pressão de Bottas, seu companheiro de Mercedes.
Mas agora, Hamilton possui do outro lado uma Red Bull que parece estar em pé de igualdade com a Mercedes e Villeneuve acredita que o fato de ter tido pouca concorrência nos últimos anos não o ajuda agora.
"O que vimos em Ímola é que Lewis não está mais acostumado a correr grandes riscos", disse o canadense ao F1-Insider.com. "Mas agora ele precisa. E isso acaba levando a erros, como em Ímola".
Para Villeneuve, Hamilton teria que recuar contra Verstappen na curva um, porque ele estava na pior posição na pista externa.
"Mas ele resistiu e arruinou a corrida na primeira curva. Porque ele derrubou parte da asa dianteira que, segundo a equipe, deveria ter custado de dois a três décimos de segundo".
No entanto, ele perdeu ainda mais tempo em seu segundo erro, quando caiu na brita após tentar dar uma volta George Russell, onde Villeneuve também acredita que ele "arriscou muito".
"Duvido que isso teria acontecido com ele nos últimos anos", disse o campeão de 1997.
No final, a bandeira vermelha causada por Bottas o salvou, compensando o déficit de volta e escalando o pelotão após a relargada até a segunda posição. Por ter feito a volta mais rápida, ele saiu de Ímola um ponto a frente no Mundial de Pilotos.
O duelo com Verstappen lembrou Villeneuve de sua própria luta pelo Mundial contra Michael Schumacher em 1997: "Eu era o jovem desafiante contra quem Schumacher tinha que lutar, como Hamilton agora. Ele não conseguiu lidar com isso".
Ex-companheiro de SENNA POLEMIZA sobre o que Ayrton acharia da F1 atual em ÍMOLA e cita RATZENBERGER
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