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F1: Williams desmente rumores de que será 'equipe B' da Alpine e anuncia novo diretor técnico

Jost Capito, CEO da equipe, afirmou que o objetivo é que a Williams siga como independente a longo prazo

George Russell, Williams FW43B

Apesar de ter anunciado no começo do ano um estreitamento de sua relação com a Mercedes, rumores colocam a Williams no caminho de se tornar uma equipe cliente ou até mesmo júnior da Renault - Alpine na Fórmula 1. Mas o CEO da equipe britânica, Jost Capito, minimizou essas especulações, afirmando que o objetivo de seu time é manter sua independência.

A Williams está passando por uma transformação nos últimos meses, graças à chegada dos novos donos, o grupo de investimento norte-americano Dorilton Capital, em busca de voltar ao topo do grid.

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Apesar de forjar uma aliança técnica mais próxima com a Mercedes para 2022, que incluirá o uso de caixas de câmbio e sistema hidráulico, além da unidade de potência, as especulações recentes colocam a equipe como perto de fechar uma aliança com a Renault.

Isso surgiu após um movimento do novo CEO da Renault, Luca de Meo, para melhorar o sucesso de sua marca na F1 e potencialmente encontrando os benefícios de forjar uma parceria próxima com uma equipe parceira.

Mas segundo Capito, enquanto a Williams está aberta à ideia de alianças técnicas, e sempre precisará de uma montadora para fornecer as unidades de potência, ela não quer desistir de sua independência.

Falando sobre o potencial de entrada de uma nova montadora chegar à F1 e fazer uma parceria com a Williams, Capito disse: "Se nós melhorarmos, os resultados também, seríamos mais atrativos para as montadoras que podem chegar, mas nosso objetivo claro é seguir como uma equipe independente, sem ser comprados por outra equipe ou montadora".

"A Williams sempre foi independente e não o que vocês veem por aí com equipes A e B. Para nós, uma equipe B é uma que não tem um dono independente, ou tem uma montadora ou outra equipe de F1 como dono. E, nessa definição, não queremos ser uma equipe B".

"Queremos ser uma equipe A, porque correr é o centro dos nossos negócios e deve seguir assim, independente de uma montadora que quer estar ou não na categoria. Isso desafiaria nossa existência".

Enquanto os rumores da Renault sugerem que a Williams estaria próxima de um acordo para 2022, Capito deixou claro que sua equipe respeitará o contrato que tem com a Mercedes, e não tem intenção de mudar de parceiros no momento.

"Temos um bom relacionamento com a Mercedes, e um contrato por mais alguns anos. E vamos respeitar esse contrato, porque estamos felizes com o relacionamento. Não vejo no futuro que as equipes farão seus próprios motores, então isso sempre será necessário".

"E aí podemos discutir: o câmbio faz parte disso? Os motores e caixas de câmbio são feitos juntos pela montadora, quando você olha para a Mercedes, por exemplo. E quando chegamos à conclusão, faz sentido termos toda a unidade de potência em 2022".

"Mas ainda seguiremos sendo vistos como independente. Você é independente quando pode escolher os parceiros que quer trabalhar".

François-Xavier Demaison, Williams Technical Director

François-Xavier Demaison, Williams Technical Director

Photo by: Williams

Williams anuncia ex-Volkswagen como novo diretor técnico

A equipe de Grove anunciou nesta terça (23) a chegada de François-Xavier Demaison como o novo diretor técnico. Demaison chega à Williams após uma década no programa de automobilismo da Volkswagen, onde ajudou a desenvolver o inovador carro elétrico I.D.R que conquistou múltiplos recordes em Pikes Peak e Nurburgring, além de liderar o projeto da montadora no Campeonato Mundial de Rali (WRC).

Demaison foi responsável pelo Polo C que conquistou títulos no rali entre 2013 e 2016. Neste período, ele se tornou muito próximo do então chefe de automobilismo da Volkswagen Jost Capito, hoje CEO da Williams.

O francês, conhecido como FX, teve também passagens por outras montadoras, como Peugeot, Subaru e Citroen, em uma longa carreira no ramo da engenharia. Capito disse que a chegada de Demaison é uma ótima notícia para a Williams.

"Estamos animados com a chegada de FX à equipe. Eu vi suas capacidades técnicas em primeira mão, e seu sucesso no esporte fala por si próprio. Trazer alguém de seu calibre para nossa já experiente equipe técnica ajudará em nossa direção para o futuro, fortalecendo a equipe".

A Williams não tinha um diretor técnico desde a saída de Paddy Lowe, antes do início da temporada de 2019, devido à pressão criada com o desastroso carro daquele ano. Desde então, sua função era distribuída entre diversos cargos técnicos.

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