F1: Wolff revela como inflação no Reino Unido e teto orçamentário afetam Mercedes

Segundo chefe da equipe alemã, atual situação financeira do país e limite de custos impedem rápidas mudanças de conceito técnico no carro de 2022

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes AMG

O chefe da MercedesToto Wolff, acredita que os níveis mais altos de inflação tornaram ainda mais difícil para as maiores equipes da Fórmula 1 operarem dentro do teto orçamentário do esporte. Segundo ele, o limite mais apertado tornará difícil para um time que possa ter 'errado' o conceito das novas regras a mudar de direção e produzir um carro substancialmente modificado durante a temporada de 2022.

Este ano, o teto de custos cai de US$ 145 milhões (cerca de R$ 745 milhões) para US$ 140 milhões (R$ 719 milhões), forçando as escuderias de ponta a reduzir ainda mais seus níveis ou alocar pessoas para projetos fora da categoria máxima do automobilismo. Ao mesmo tempo, o último nível oficial de inflação medido pelo Índice de Preços ao Consumidor no Reino Unido – onde a Mercedes está sediada – está em uma alta de quase 30 anos de 5,5%.

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"Tem sido muito, muito difícil estruturar a empresa e a organização da maneira certa para cumprir o limite de custo de US$ 140 milhões", disse Wolff quando questionado pelo Motorsport.com. "Também em um ambiente de alta inflação, não estamos apenas reduzindo em US$ 5 milhões, mas temos uma situação em que você não consegue realmente aumentar os custos e a folha de pagamento. Então, isso é extremamente doloroso."

"Por outro lado, você precisa decidir com muito cuidado onde investir seu dólar em pesquisa e desenvolvimento. No passado, era um pouco mais fácil porque você podia seguir vários caminhos para perseguir. Hoje, precisa decidir qual tem o maior potencial e depois embarcar nele. É uma maneira totalmente diferente de operar."

Mercedes W13

Mercedes W13

Photo by: Mercedes AMG

Em relação a uma mudança de conceito, caso seja necessária, ele deixou claro que as equipes terão dificuldades em tal situação.

"Havia um lado em que você poderia realmente mudar os conceitos técnicos, porque às vezes você embarca em uma direção", relembrou. "E então, a pressão adicional do teto orçamentário torna muito difícil mudar o básico, mudar o carro fundamentalmente."

"Como tudo está planejado, cada atualização e seus custos relacionados são planejados e, portanto, estamos muito mais restritos com o limite de custos em nossa capacidade de implementar o processo criativo na máquina", concluiu.

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