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Ferrari confirma paralisação de atividades da F1 a partir de quinta-feira

Escuderia confirmou que encerrará suas operações de Fórmula 1 a partir desta quinta-feira, de acordo com a decisão da FIA de antecipar as férias de verão e estendê-la de 14 para 21 dias

Ferrari Logo on pit gantry

O trabalho nas instalações da Ferrari em Maranello havia sido suspenso parcialmente devido à pandemia de coronavírus que atingiu fortemente a Itália nas últimas semanas.

Neste momento, a F1 suspendeu as quatro primeiras corridas da temporada, mas seus eventos na Holanda e na Espanha também parecem estar em dúvida com a Europa sendo o epicentro da pandemia.

Nesta quarta-feira, a equipe anunciou que paralisará todas as atividades por completo a partir de amanhã, corroborando com a decisão da FIA de antecipar as chamadas férias de verão da F1.

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A equipe italiana divulgou a seguinte declaração:

“A Scuderia Ferrari Mission Winnow, cuja equipe, juntamente com milhões de pessoas na Itália e em todo o mundo, está tendo que lidar com a pandemia do vírus Covid-19, apoia totalmente a decisão da FIA e da Fórmula 1 de antecipar as férias no verão. A Scuderia Ferrari será fechada a partir de quinta-feira, 19 de março, até quinta-feira, 8 de abril.”

“A prioridade da equipe sempre foi a segurança de seus funcionários e familiares, e é por isso que, há vários dias, o trabalho nas instalações de Maranello foi suspenso, substituído, sempre que possível, por um sistema de trabalho inteligente.”

“Estamos tão decepcionados quanto nossos fãs por não podermos competir, como temos feito há mais de 70 anos, mas quando confrontados com uma situação tão séria como essa, é vital que sigamos os conselhos das autoridades e limitemos todas as atividades, tanto quanto possível, a fim de conter o vírus da maneira mais eficiente possível. Vamos esperar que a situação melhore para que possamos voltar à normalidade em nossas vidas e também no esporte, incluindo o automobilismo. Enquanto isso, nossos pensamentos estão com todos os afetados pelo vírus e com aqueles que trabalham na linha de frente para combatê-lo.”

"Mantendo a distância, mas ainda unido, esse vírus pode ser derrotado."

A Haas também revelou que encerrará suas operações entre as mesmas datas, enquanto que a Red Bull Racing diz que fechará por três semanas a partir de 27 de março, mas apontou que "devido à natureza sempre mutável da pandemia, pode haver algumas flexibilidade em torno dessas datas."

A Alfa Romeo confirmou que seu desligamento começará em 23 de março.

Covid iguala acidente e bate guerra como fator mais impactante em um ano da F1

1952 - No ano do primeiro título de Ascari, o primeiro cancelamento
O primeiro cancelamento de um GP no mundial de Fórmula 1 aconteceu no seu terceiro ano, em 1952. O GP da Espanha deveria ser a nona e última etapa do campeonato, no circuito de Pedralbes, mas acabou cancelado por questões financeiras. A situação se repetiu novamente em 1953, até que a etapa conseguiu integrar o calendário em 1954
1955 - Os impactos do acidente nas 24 Horas de Le Mans
Em 1955, um desastre marcou a história do automobilismo mundial. Nas 24 Horas de Le Mans, uma batida envolvendo o piloto da Mercedes Pierre Levegh matou 83 espectadores e feriu outros 180. A repercussão do acidente foi tamanha que afetou o calendário da F1, com as etapas da França, Alemanha, Suíça e Espanha canceladas. Na Suíça, as consequências foram ainda maiores, com o esporte a motor sendo banido do país pelas autoridades, algo que foi revertido apenas em 2018, com uma etapa da Fórmula E em Zurique
1956 e 1957 - As consequências da Guerra de Suez
Em 1956, o mundo acompanhou o conflito armado que ficou conhecido como "Guerra de Suez", entre Israel e Egito. Com isso, o preço dos combustíveis subiu muito e as etapas da Espanha e da Holanda se tornaram inviáveis para as equipes, sendo canceladas. No ano seguinte, o conflito continuou afetando o calendário da Fórmula 1 e outras três provas tiveram que ser canceladas: além da Espanha e Holanda novamente, a etapa da Bélgica precisou ser removida da temporada pelo mesmo problema
1960 - Pela segurança dos pilotos
Naquele ano, a etapa da Alemanha seria realizada no circuito de rua de AVUS, em Berlim. Mas devido às reclamações dos pilotos sobre os perigos da pista, especialmente as curvas, que chegavam a ter uma inclinação de 40 graus, a prova foi cancelada.
1969 - Cancelamento por boicote
Em 1969, o GP da Bélgica foi cancelado devido ao boicote de parte dos pilotos, que exigiam mudanças para deixar a pista mais segura. O boicote veio após uma inspeção do circuito por Jackie Stewart, que, naquela época, era o piloto mais envolvido do grid no debate sobre segurança. Como os donos do circuito de Spa não cederam aos pedidos dos pilotos, a prova acabou cancelada. A etapa belga passou pela mesma situação dois anos depois, em 1971, e, depois disso, ficou de fora do calendário da Fórmula 1 até 1983, quando a pista foi reformada e encurtada.
1972 - Cancelamentos na América do Norte
Em 1972, a F1 já tentava realizar duas etapas nos Estados Unidos, assim como a Liberty tenta atualmente. Mas o projeto do GP do Oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, não foi concretizado. Outro GP cancelado naquele ano foi o do México. Após a morte de Pedro Rodríguez, piloto que era ídolo nacional, no ano anterior, o interesse dos mexicanos pela prova caiu consideravelmente e a etapa foi cancelada.
1981 - Efeitos da Guerra FISA-FOCA
No final dos anos 70 e início dos anos 80, a Fórmula 1 se viu dividida em uma disputa entre a Federação Internacional do Esporte Automobilístico (FISA) e a Associação de Construtores da Fórmula 1 (FOCA), que levou a uma situação curiosa. No GP da África do Sul de 1981, vários pilotos boicotaram a prova devido ao embate entre as instituições. O medo de que isso se repetisse na Argentina afugentou os patrocinadores, levando ao cancelamento da prova.
1983 - No ano do bi de Piquet, uma tentativa de realizar um GP em Nova York
Na temporada de 1983, a Fórmula 1 tentou organizar uma etapa em Nova York, em um circuito de rua que seria montado no bairro do Queens, mas o projeto não conseguiu ser concretizado pela categoria, nem nos dois anos seguintes. Se tivesse sido realizada, a prova em Nova York seria a terceira em território americano no mesmo ano, junto com Long Beach e Detroit
1985 - Adiamento na Bélgica
Na temporada de 1985, o GP da Bélgica seria realizado originalmente em 02 de junho, mas após problemas com o novo asfalto do circuito, a prova precisou ser adiada, acontecendo três meses mais tarde, em 15 de setembro.
1987 - Canadá cancelado por ter muitos patrocinadores em potencial
Uma das histórias mais curiosas de cancelamentos de etapas da Fórmula 1 vem do GP do Canadá de 1987. Naquele ano, a etapa foi cancelada porque os organizadores não conseguiram resolver um problema inusitado: duas cervejarias locais, Labatt e Molson, queriam ser as patrocinadoras master do evento, mas não foi possível chegar a um acordo e a prova foi cancelada.
1995 - Efeitos do terremoto na cidade de Kobe
A etapa do Pacífico, que seria realizada no circuito de Okayama, em 16 de abril, precisou ser remarcada após o terremoto próximo à cidade de Kobe em janeiro, matando mais de 6 mil pessoas. A prova foi transferida para 22 de outubro
2003 - Cancelamento devido à guerra contra o tabagismo
O GP da Bélgica de 2003 foi cancelado devido à nova lei aprovada no país contra o tabagismo. Como muitas equipes do grid tinham patrocínio de marcas de cigarros, a etapa acabou sendo retirada do calendário. A situação foi resolvida e a F1 voltou a correr em Spa já no ano seguinte
2011 - O cancelamento mais recente
Em 2011, o GP do Bahrein estava marcado para ser a prova inaugural do campeonato, mas a etapa foi inicialmente adiada devido a protestos contra o governo do país. Foi sugerido uma mudança no calendário, para a corrida do Bahrein ser realizada em 30 de outubro com o GP da Índia fechando o ano em dezembro, mas as equipes recusaram e a prova no país do oriente médio acabou cancelada naquele ano
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Charles Bradley
Fórmula 1
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