Ferrari sacrificará velocidade para dar mais equilíbrio ao carro
Em busca de maior pressão aerodinâmica para ter melhor desempenho em curvas, equipe pode abrir mão de vantagem nas retas
A Ferrari vai sacrificar parte de sua vantagem na velocidade final em retas em busca de mais pressão aerodinâmica à medida que altera sua filosofia no carro SF90 da temporada 2019 da Fórmula 1.
Como esperado, o time de Maranello sofreu durante o GP da França, disputado no último final de semana em Paul Ricard, e não foi páreo para a Mercedes, que manteve seu início de temporada 100% vencedor. Os italianos não vencem desde os Estados Unidos no ano passado e o jejum fez o sinal de alerta soar alto em Maranello (veja galeria abaixo com cada episódio da "seca" ferrarista).
A Ferrari levou várias atualizações para Paul Ricard e apostou em algumas peças novas: asas dianteira e traseira e dutos de freio. As novidades foram usadas durante a qualificação e a corrida, mas, após o treino de sexta-feira, a equipe abandonou uma mudança que tinha introduzido no assoalho do SF90.
O time de Maranello, porém, não esperava que as novas peças transformassem seu desempenho de forma tão significativa. Em vez disso, a expectativa era coletar dados para definir a direção para o desenvolvimento de seu carro nas próximas semanas e meses.
Questionado pelo Motorsport.com sobre qual rumo a Ferrari deve seguir em termos de desenvolvimento, o chefe da equipe, Mattia Binotto, disse: “Estamos procurando mais downforce, mesmo que isso signifique perda da velocidade. A pressão aerodinâmica dará mais força para que os pneus funcionem. Essa é a direção a seguir. Vimos o quão difícil é fazer com que os pneus funcionem e isso é algo em que estamos focados”.
A Ferrari desfrutou de uma notável vantagem de alta velocidade sobre a Mercedes nesta temporada. O time germânico atribuiu essa diferença ao motor e também à filosofia do carro italiano. No entanto, a falta de desempenho aerodinâmico da escuderia vermelha se traduziu em um déficit muito grande para a Mercedes nas curvas.
Charles Leclerc e Sebastian Vettel terminaram em terceiro e quinto na França, o que Binotto classificou como "não foi tão ruim quanto as expectativas iniciais". O dirigente alertou, porém, que o resultado é preocupante. "Não podemos estar felizes", ele admitiu. “Só podemos ser felizes quando formos mais rápidos que todos os concorrentes. Mas esperávamos um fim de semana difícil aqui em Paul Ricard. Não esperávamos alcançar a Mercedes. Fizemos algumas atualizações, umas funcionaram bem, outras não”.
“É sempre uma pena quando algo não está funcionando. Então temos alguma lição de casa para fazer a esse respeito, só que isso mostra que temos alguma margem para melhorar o carro. Pelo menos, a direção que estamos começando a definir é a certa”.
Relembre jejum e última vitória da Ferrari em imagens:
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