GPDA quer que F1 não se "arrependa amargamente" sobre Halo
Presidida por Alex Wurz, associação de pilotos se pronunciou sobre a não introdução do dispositivo de segurança em 2017
A GPDA teve grande interesse no desenvolvimento do Halo e era totalmente a favor que o dispositivo fosse introduzido no próximo ano para ajudar a minimizar os perigos da F1.
Mas, depois de uma votação do Grupo de Estratégia, em Genebra nesta quinta-feira, as equipes e os comandantes da F1 decidiram adiar a introdução de qualquer proteção de cabeça no cockpit até 2018.
A decisão deixou Wurz profundamente decepcionado , colocando o esporte em "território desconhecido", na espera de algum grande acidente no próximo ano, quando o Halo poderia ajudar.
"Minha opinião pessoal é que o resultado do Grupo de Estratégia de hoje, se ratificado pelo Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, representa muito mais do que apenas um voto contra o Halo ou um atraso na introdução de proteção de cabeça", disse Wurz ao Motorsport.com.
"Esta decisão traz a F1 para território desconhecido de muitas formas. Vamos aguardar o raciocínio ao redor disso, mas, por agora, isso pode ser visto quase como 'negócios em primeiro e segurança em segundo'."
Benefícios de segurança
Ele acrescentou: "O Halo não é esteticamente bonito, mas experimentos científicos realizados por especialistas provaram que ele tem a capacidade de salvar vidas."
"Nas últimas apresentações dos especialistas de segurança da FIA, entendi que o sistema foi apresentado pronto para uso. Eu também entendi que os carros já estão sendo projetados para o conceito do Halo."
"Além disso, ele seria, naturalmente, melhorado de forma contínua, e essas melhorias incluiriam considerações estéticas - incluindo o uso de melhores e mais avançadas tecnologias de materiais, para um conceito ainda mais eficiente."
"Então, levando todos esses fatores em consideração, é bastante surpreendente que a F1 não adote o conceito do Halo para 2017."
"Espero que a decisão de hoje não seja aquela que um dia vamos todos nos arrepender amargamente."
Elementos de risco
Embora tenha havido sugestões de que a introdução de Halo tiraria o elemento perigo da F1, Wurz não concorda.
Ele acha que há outros aspectos do esporte que podem ser melhorados para manter os fãs interessados. E carros mais seguros significa que as velocidades podem subir.
"O Halo ou qualquer dispositivo que no futuro venha a ser desenvolvimento não está tirando a coragem dos pilotos", disse ele. "Ainda se necessita de habilidades para bater os melhores pilotos do mundo."
"Se temos carros mais seguros, não é só bom para a sustentabilidade do esporte, também pode significar que poderemos deixar uma corrida com carros mais rápidos e pilotos mais agressivos."
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