Morre Domingos Piedade, inventor do carro médico da F1 e ex-empresário de diversos pilotos
Português foi ligado à diversas esferas do automobilismo e foi amigo de vários pilotos, como Ayrton Senna e Michael Schumacher
Neste sábado, faleceu aos 75 anos de idade um dos grandes nomes do automobilismo mundial: Domingos Piedade. Ao longo da carreira, o português atuou como jornalista, empresário de pilotos, administrador de circuito, chefe de equipe e foi vice-presidente da AMG-Mercedes, braço de carros esportivos da marca alemã.
Piedade foi empresário de Emerson Fittipaldi, cargo que o português afirmava ter sido o primeiro a ocupar no universo do automobilismo. Além do bicampeão, Piedade também esteve envolvido em maior ou menor grau com as carreiras de Michele Alboreto, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Michael Schumacher, entre outros pilotos.
Em 2013 ele contou como foi a relação com Fittipaldi ao Diário de Notícias: "O Emersom convidou-me para organizar a vida dele, coisa que eu tentei fazer durante dez anos sem sucesso. (...) Eu fui viver com os Fittipaldi na Suíça. Era mais um filho. E a mãe, a D. Juze, era uma senhora linda, linda. Senti-me sempre parte da família. Mesmo quando não trabalhávamos juntos".
Antes de atuar diretamente com o esporte, ele atuou como jornalista na Jovem Pan e na Eurosport. Depois disso, ele atuou como empresário de pilotos antes de assumir o cargo de gestor do autódromo de Estoril, circuito que, em 1984, colocou Portugal de volta ao calendário da F1, graças à participação de Piedade.
Carro médico foi invenção de Domingos Piedade.
Photo by: XPB Images
Também em 1984, o português lançou uma novidade que posteriormente se tornou padrão na F1, o carro médico. Por conta de sua ligação com a AMG, o Piedade percebeu que seria importante a presença de um veículo esportivo equipado com equipamentos e profissionais da medicina para atender emergências nas corridas.
“Estreamos em Portugal o que, na época, chamamos de medical car, foi a primeira vez que houve um carro dedicado a assistência médica", afirmou ao jornal português O Observador, em 2016. "Fomos logo em seguida ao GP do Brasil e desde então faz parte da Fórmula 1”.
Foi também nos anos 80 que ele se envolveu com os campeonatos de endurance e em 1983 tornou-se diretor esportivo da Joest Racing, equipe equipada com carros da Porsche e com a qual venceu as 24H de Le Mans em 1984 e 1985.
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