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Período de 'licença' após demissão nas equipes começa a ser questionado na F1

Atualmente, os funcionários podem ser obrigados a ficar até 12 meses afastados antes de serem transferidos para o time seguinte

Jonathan Wheatley, gerente de equipe da Red Bull Racing, com Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull Racing

Foto de: Mark Sutton

Desde o início da temporada da Fórmula 1, houve muitas mudanças de funcionários entre as equipes e, no momento, muitos estão enfrentando os meses de licença, onde ficam afastados de seus cargos na empresa anterior antes de ingressar na próxima. A depender do cargo, esse período de 'parada' pode durar até 12 meses.

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O sistema foi aceito para proteger quem teme perder pessoal, mas as duas últimas temporadas enfrentaram uma contradição que começa a questionar o procedimento. Neste período, oito equipes contrataram um novo chefe e é comum que isso gere outras mudanças no organograma, normalmente contando com a 'sedução' de técnicos e gerentes de outros times.

É o que assistimos desde o início de 2023, com uma série de movimentações de pessoal que apresentaram suas demissões. Inclusive, ao comentar o assunto, um dos membros de uma das equipes brincou:

"Se juntarmos todos os que estão na licença, formamos a 11ª equipe!"

No início de 2023, Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, destacou as dificuldades enfrentadas por aqueles que desejam deixar sua marca na equipe.

"Quando você percebe que tem uma vaga a ser preenchida por meio de contratações, sabe que um novo funcionário terá que esperar 12 meses para entrar na equipe. Após esse período, ele pode começar a trabalhar, mas sua contribuição só será realmente visível no projeto do ano seguinte".

"Portanto, do momento em que você precisa de uma pessoa até o momento em que vê os resultados do trabalho dela, passam-se de dois a três anos".

Frederic Vasseur, Team Principal e General Manage Ferrari

Frederic Vasseur, diretor de equipe e gerente geral da Ferrari

Foto de: Sam Bagnall / Motorsport Images

O problema agora é uma dor de cabeça para a maioria das equipes e, quando um inconveniente se torna comum, a vontade de resolvê-lo aumenta. Não é de se surpreender que, nas últimas semanas, tenha vazado um boato de que há quem esteja pensando em colocar na mesa a proposta de um acordo de 'cavalheiros', ou seja, um acordo entre as equipes para reduzir (e muito) o tempo de licença. Entretanto, há muitos pontos de discussão.

Durante o período de pandemia da Covid-19, houve um impulso muito forte para aprimorar os sistemas que permitem o trabalho remoto, e a F1 se destacou por sua velocidade e eficiência quando se trata de adotar novas tecnologias.

O trabalho remoto resolveu muitos problemas, mas, também, criou um novo. Há a questão de que não é possível verificar se um profissional que está na licença está trabalhando ou não, uma vez que está em casa.

Há alguns anos, para um técnico, estar no local era uma obrigação para poder dar suporte ao departamento; hoje, estar em contato com colegas de trabalho continua sendo um bônus, mas não é mais um pré-requisito.

Loic Serra e Jerome d’Ambrosio entreranno in Ferrari dal 1 ottobre

Loic Serra e Jerome d'Ambrosio se juntarão à Ferrari a partir de 1º de outubro

Foto de: Ferrari

É então que surge a reflexão sobre a necessidade de impor períodos tão longos de licença e depois não poder supervisionar, correndo o risco de colocar aqueles que querem respeitar as cláusulas contratuais em desvantagem em relação àqueles que têm menos problemas para ligar um computador e trabalhar em casa. Tudo isso, paradoxalmente, também pesa no orçamento da equipe agora exonerada, já que o acordo prevê o pagamento até o final do período de aviso prévio fixo.

Finalmente, há aqueles que também veem o período de licença como um freio no desenvolvimento geral do mundo da F1. A circulação de pessoal sem muitas restrições sempre foi o principal meio de transmissão de informações, favorecendo também um certo equilíbrio de valores no campo.

Atualmente, esse processo está sendo retardado por um tempo médio muito longo, considerando o ritmo acelerado em que uma equipe de F1 opera. Será que realmente faz sentido focar em uma possível perda de pessoal quando no dia seguinte a mesma equipe teria o problema oposto indo ao mercado?

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