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Pilotos precisam voltar a ser "reis" na F1, diz ex-chefe da Pirelli

Paul Hembery acha que categoria deveria considerar mudanças estruturais para dar mais crédito aos pilotos

Drivers during the anthem

Drivers during the anthem

Alessio Morgese/Alex Galli

O ex-chefe da Pirelli na Fórmula 1, Paul Hembery, disse que o esporte deve considerar um futuro com carros de 1500 cv para tornar os pilotos "reis".

Tendo recentemente se separado da empresa depois de mais de 25 anos de serviço, ele agora está analisando novas oportunidades de se manter envolvido no esporte e tem suas próprias ideias do que a F1 deve fazer.

"O que realmente precisa acontecer é que os pilotos precisam se tornar os reis do esporte", disse Hembery ao Motorsport.com em entrevista exclusiva.

"Eles precisam se tornar os superstars, porque as pessoas hoje são muito focadas na personalidade. Muitas vezes falamos sobre corridas emocionantes, quando houve chuva ou safety car a 10 voltas do final e isso é uma mensagem.”

"Precisamos de imprevisibilidade, ou da concentração de veículos quando há um carro de segurança que permita às pessoas competir. É aí que o trabalho precisa estar."

Perguntado sobre qual seria sua visão para a F1 se ele começasse de uma folha de papel em branco, Hembery disse: "eu acho que seria simplificada no sentido de que potência é relativamente barata e oferece um desafio maior para os pilotos. Então, por que não motores de 1500 cv?

"Isso pode não se equiparar ao que os fabricantes de automóveis podem querer em seu desejo de vender ou comercializar tecnologia, mas a corrida para obter cavalos ainda é popular apesar da chegada do carro.”

"A F1 poderia ser o escape. É para lá que ficaria a minha folha em branco: tentar colocar mais dinheiro para os pilotos, e então um super F2 com muita potência, menos tecnologia e com dez equipes lucrativas e com negócios viáveis."

Hembery crê que a proprietária da F1, a Liberty Media, deveria ser mais forte ao fazer as mudanças que quer ver, em vez de tentar apaziguar todas as partes interessadas do esporte.

"Você não vai agradar a todos", disse ele. "O que quer que você diga ou faça, haverá alguém dizendo algo negativo, e é aí que você precisa ter uma visão forte”.

"Esse é o desafio para os donos do esporte agora, descrevendo essa visão, acreditando nela e indo em frente. Você pode decidir não fazer nada, mas então você tem um risco real de um declínio gradual."

Falando sobre sua própria situação, Hembery disse que está trabalhando em projetos fora do automobilismo, mas ainda tem interesse em continuar envolvido com o esporte.

"Eu deixei a Pirelli no final do ano passado", disse ele. "Todas as coisas boas chegam ao fim, e era o momento certo para nós dois seguirmos caminhos diferentes”.

"Agora estou trabalhando em alguns projetos que tinha há algum tempo, mas não conseguia me dedicar. Eles não têm nada a ver com corridas nem com automóveis, mas ainda estou procurando ver se posso oferecer algo ao automobilismo.”

"Já faz mais de 20 anos que me envolvi em todas as formas e todos os níveis de corrida, e sinto que tenho algo a oferecer. Então, se a oportunidade certa surgir e alguém sentisse que eu posso contribuir, então eu consideraria isso."

 

Photo by: Glenn Dunbar / LAT Images

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