Mesmo sendo um dos pilotos com a melhor preparação física da Fórmula 1, Rubens Barrichello sofreu com o calor de Cingapura nos treinos livres desta sexta-feira.
O piloto da Williams admitiu que a temperatura, a umidade e a falta de retas do circuito urbano exigiram o máximo de sua resistência. "É o calor, não é o cansaço. Aqui tem umidade de 85% sem vento, uma pista com 23 curvas, ao contrário da Malásia, que tem umas retas para respirar. Aqui o trabalho é duro e é ondulado. Esse é o diferencial entre quem está bem preparado ou não."
"Essa é uma prova que não dá pra andar no limite total do carro, do freio ao motor. Tudo o que exige da gente é exigido também do carro. É uma prova diferente", destaca o brasileiro de 39 anos, que fez uma avaliação do carro, não ficando muito contente com a asa traseira, uma das novidades do time para a prova.
"De manhã tive um carro melhor. À tarde tive problemas. Parecia mais equilibrada a parte aerodinâmica. Tive uma quebra de uma das aletas de baixo do assoalho quando bati na zebra e o carro desmontou, não ficou legal e vamos ter de reconstruir para amanhã", comenta.
"Será difícil chegar ao Q3, mas não impossível. Das atualizações, a asa traseira não abria o DRS quando deveria. Parece melhor, mas se não abrir, não adianta. O resto está bem parecido", explica Barrichello, que, por fim, pediu a volta da zebra da saída da curva 14, retirada pela direção de prova: "Sem ela, você lambe a parede."
Já seu parceiro, Pastor Maldonado, espera que o emborrachamento da pista ajude a Williams no sábado: "Não conquistamos o acerto ideal, uma vez que tivemos problemas com o acerto aerodinâmico do carro, mas podemos trabalhar isso no treino de amanhã. Com mais borracha na pista, ela vai melhorar e o carro também, por isso posso me animar."
(Colaborou Luis Fernando Ramos, de Cingapura)