Racing Point acredita que nova F1 não terá espaço para equipes grandes: "Eles terão que dar um passo para trás"
Andrew Green, da Racing Point, afirmou que as equipes grandes terão que se adaptar à uma realidade que as rivais já estão acostumadas
Em 2021, a Fórmula 1 terá um novo teto orçamentário, que limitará os gastos da equipes em determinadas áreas em 145 milhões de dólares por temporada, como forma de tornar a competição mais sustentável. Isso, porém, deve mexer bastante com algumas equipes do grid, que possuem grandes quadros de funcionários. Esse tipo de equipe, porém, deve estar com os dias contados, segundo a Racing Point.
Porém, também deve causar a demissão de funcionários das maiores equipes. Essa semana, a McLaren confirmou que irá cortar 70 vagas do departamento de F1 como parte de cortes maiores dentro da empresa.
Em entrevista ao podcast oficial da F1, Beyond the Grid, o diretor técnico da Racing Point, Andrew Green, falou sobre como o teto orçamentário deve mexer com a estrutura das equipes grandes e pode ajudar os carros do pelotão do meio.
Para Green, os dias das equipes de F1 precisarem de mais de 800 pessoas nas fábricas para ganhar corridas deve estar com os dias contados.
"Foi uma das primeiras discussões que tivemos [com Stroll], 'o que vocês precisam? O que precisamos fazer?', com uma visão de não nos tornarmos uma equipe monstruosa da F1", disse Green ao podcast oficial da F1, Beyond the Grid.
"Queríamos tentar manter a eficiência e o tamanho que temos atualmente, algo que sentimos que é o certo para o tamanho da equipe. Não queremos expandir repentinamente de 450 para 800-900 pessoas. Isso nunca esteve em nossos planos".
"Acho que se você tivesse me perguntado isso há um ano, eu teria dito que sim. Mas não agora. Não no clima atual e não com o regulamento que está para chegar, a partir de 2022. Acho que essas equipes são dinossauros. Agora, você precisa ser pequeno e eficiente".
"E esse é o nosso ponto forte. Quanto ao regulamento, acho que eles vão trabalhar bem conosco, eles vão nos permitir sermos mais competitivos com aquelas que eram as grandes equipes, porque elas não terão mais como ser grandes".
"Eles vão ter que dar um passo para trás, chegar mais próximo do nosso nível. Nós estamos fazendo isso há anos. Estamos nesse nível há um bom tempo. E acho que fazemos um bom trabalho nisso".
"Acho que temos sistemas e grupos em ação que sabem como trabalhar em um ambiente de gastos controlados. Isso vai nos ajudar".
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