Raikkonen diz que é bom estar fora da "falsidade" da F1: "Já não é mais sobre corridas de verdade"

Afiado, finlandês declarou que sabe de "muitas coisas" que acontecem na categoria e ficou aliviado de se afastar "de toda essa besteira"

Kimi Raikkonen, Alfa Romeo

Kimi Raikkonen disse que está feliz em deixar a "falsidade" da Fórmula 1 para trás após sua aposentadoria, expressando frustração com o impacto do dinheiro e da política dentro da divisão. O campeão de 2007 encerrou sua carreira em 2021, mais de 20 anos depois de fazer sua estreia e acumulando um recorde de 349 corridas com Sauber, McLaren, Ferrari, Lotus e Alfa Romeo.

Ele anunciou em setembro que se retiraria da F1, tomando a decisão no começo do último ano, antes de sua temporada final, e pode não correr profissionalmente de novo.

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O finlandês se destacou como uma das figuras mais populares da categoria durante grande parte de sua carreira por sua atitude direta e honesta, raramente se envolvendo em política ou drama mais amplo.

Em uma entrevista em Abu Dhabi antes de sua corrida final, Raikkonen se abriu sobre sua frustração com alguns elementos da Fórmula 1.

"Há muitas coisas que não fazem sentido, pelo menos na minha cabeça, sobre o que acontece aqui", disse ele ao Motorsport.com.

Questionado sobre quais seriam esses aspectos citados, Raikkonen respondeu: "Todos os tipos de besteira que circulam. Nós sabemos, mas ninguém diz. Coisas que eu acho que nem deveriam ser. Muitas coisas são falsas."

"É bom estar fora. Mentalmente, é muito bom estar fora de toda essa besteira por um tempo."

Raikkonen admitiu que foi "mais fácil voltar" para a F1 após seu período fora da divisão em 2010 e 2011, já ele sabia o que esperar ao retornar pois "seria exatamente à mesma coisa".

"Sei o que espero quando saio", acrescentou. "Há muito mais [besteira] do que as pessoas veem do lado de fora."

Kimi Raikkonen made his F1 debut with Sauber in 2001

Kimi Raikkonen made his F1 debut with Sauber in 2001

Photo by: Michael Cooper / Motorsport Images

Raikkonen disse que inicialmente não achou o lado ruim das corridas na F1 tão abomináveis quando fez sua estreia em 2001, porque "tudo era novo" e "não era nada como hoje". O finlandês destacou o dinheiro como um grande fator que impactou a F1.

"A grana com certeza mudou [as coisas], como em qualquer esporte", disse ele. "Quanto mais você investe, mais política. Em geral, em qualquer país, há jogos que as pessoas nunca conhecem até que você esteja do lado de dentro. Você provavelmente sabe disso."

"Com certeza o dinheiro desempenha um papel importante. Acho que as pessoas querem ter poder, isso e aquilo. Acho que haveria muitos políticos bons ali que se sairiam bem na política real!"

Questionado se ele achava que a F1 havia se perdido um pouco e se era menos sobre corridas legítimas, Raikkonen disse: "Tem sido assim por muitos, muitos anos. Talvez as pessoas percebam mais agora."

Segundo o finlandês, sua falta de interesse no lado político foi para seu próprio bem-estar: "Eu não me envolvo".

"Eu sei de um monte de coisas que acontecem, mas não quero estar nisso. Se você se envolve todos os dias, não acho que seja muito saudável", concluiu.

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