Renault: Parceria entre equipes grandes e pequenas é perigosa para F1
Chefe do time francês, Cyril Abiteboul diz que Mercedes, Ferrari e Red Bull se beneficiam e que realidade pode afastar novas escuderias
A Renault teme que as parcerias entre grandes e pequenas equipes na Fórmula 1 possam impedir que outros times desafiem Mercedes, Ferrari e Red Bull, além de afastar novas escuderias em potencial.
A Ferrari fornece motor à Haas, além de algumas peças do VF-19. Já a Toro Rosso é a equipe júnior da Red Bull e usará muitos componentes do RB14 do ano passado. São exemplos que trazem preocupações de que os times do top possam ser auxiliados pelas equipes B, que dependem dos recursos financeiros.
A FIA já indicou que está monitorando a situação, já que a F1 se prepara para introduzir um limite de orçamento e outras restrições de recursos no regulamento de 2021.
Perguntado pelo Motorsport.com sobre as afiliações com escuderias menores, o chefe de equipe da Renault Cyril Abiteboul disse: "Já é um desafio para um time como nós, que está competindo contra o top-3, que tem algo como 30% a mais de dinheiro do que nós. Se eles são capazes de combinar seus recursos com outras equipes, é um problema para nós e para outros dois grupos”.
Abiteboul se refere a McLaren e Williams, que se juntaram à Renault no ano passado para inicialmente reprovar a manutenção dos direitos comerciais da Force India por parte da Racing Point. O receio era que a nova equipe ficasse ainda mais próximo da Mercedes.
Abiteboul disse que a Renault está insatisfeita com a resposta que recebeu dos organizadores sobre como lidar com a situação em 2021 e alertou que "também poderia ser um problema para um novo participante disposto a entrar na F1 e ser competitivo".
"Talvez alguém que entre na F1 tenha que aceitar que não estará em posição de ser competitivo. Somos extremamente cuidadosos com o que estamos dispostos a fazer em 2021. Ainda não estamos convencidos das medidas que foram apresentadas. Continuaremos a trabalhar com os a organização para ter algo mais satisfatório."
Por outro lado, os chefes da Red Bull e da Ferrari, Christian Horner e Mattia Binotto, disseram que apoiaram o atual modelo da F1. Segundo eles, as pequenas equipes é que se beneficiam de tais acordos, sendo a Haas o principal exemplo.
"A acessibilidade da Fórmula 1 é extremamente cara", disse Horner. "Há uma distância entre ser uma equipe de construtores completa e a capacidade de adquirir peças”. Binotto disse que "o modelo em si é o certo" e bom para a F1. Ele acrescentou: "Se houver alguma preocupação, cabe a nós entender e ver se estamos mitigando ou evitando-os."
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