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Renault: Tecnologia da F1 precisa ser diferente da F-E

Diretor administrativo da fabricante francesa fala que categorias não devem buscar o mesmo caminho tecnológico

Nico Hulkenberg, Renault Sport F1 Team RS17
Sébastien Buemi, Renault e.Dams
Nicolas Prost, Renault e.Dams
Nicolas Prost, Renault e.Dams
Renault Sport F1 Team RS17
Nico Hulkenberg, Renault Sport F1 Team RS17
Nico Hulkenberg, Renault Sport F1 Team RS17
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS17
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS17

A introdução dos motores híbridos pela F1 em 2014 foi reconhecida como uma tendência da indústria automotiva. Alguns, incluindo o recém-nomeado chefe esportivo da F1, Ross Brawn, creem que a continuação dessa política pode levar a um campeonato totalmente elétrico.

Por isso, o diretor administrativo da Renault, Cyril Abiteboul, não acredita que ter dois campeonatos com a mesma fórmula seja sustentável. A Renault tem projetos tanto na F1 quanto na Fórmula E.

"É um exercício de equilíbrio muito difícil e você precisa olhar para a F1 em um contexto mais amplo que o da F-E e as corridas de endurance", disse Abiteboul ao Motorsport.com.

"Precisamos nos certificar de que cada categoria se destaca por algo muito claro, e que seja um claro ponto de venda para as fábricas. Na Renault estamos em uma posição específica de estar ao mesmo tempo na F1 e na F-E. Vemos uma enorme diferença entre as duas fórmulas.”

"Não seria bom se tudo convergisse em uma direção, porque aí não adiantaria ter fórmulas diferentes. Não seria sustentável."

"Diálogo construtivo" sobre a relevância para as estradas

Com as partes interessadas da F1 esperando para começar as discussões sobre como será o motor da categoria após 2020, o presidente da FIA, ​​Jean Todt, disse que o esporte necessita manter a estabilidade.

Todt advertiu que um retorno aos motores mais velhos, menos ecológicos, tiraria "três das quatro" fábricas que no momento estão na categoria.

Falando da Renault, Abiteboul insistiu que a fabricante é “cabeça aberta" em termos da direção futura da F1.

"A equação financeira precisa se aproximar, mas não temos uma forte opinião sobre a arquitetura de motores", disse ele.

"Ir para trás poderia ser difícil, mas estamos abertos, então eu não quero começar a fazer ameaças."

Ele também disse que a F1 precisa se examinar detalhadamente e discutir a questão de se o campeonato deve ter como objetivo ser relevante para as ruas no futuro.

"Eu acho que deve haver um debate lá", adicionou ele. "Eu não penso que há uma resposta boa. A única coisa que precisamos ter em mente é que precisamos ter uma avaliação abrangente da situação.”

"E talvez a F1 não precise ser relevante para as ruas, mas então ela precisa estar pronta para perder o apoio financeiro de pessoas que acreditam que a F1 precisa ser relevante para as ruas.”

"Estamos falando com vários parceiros como a Microsoft, que estão lá por outras razões - porque a F1 está indo em uma direção que eles acreditam ser relevante não necessariamente para as ruas, mas para a sociedade.”

"Precisamos levar em conta muita coisa."

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