Saiba quais corridas de F1 tiveram as maiores margens de vitória

Há 51 anos, Jackie Stewart quebrava um recorde, no GP da Espanha, que dura até hoje

Jackie Stewart, Matra Cosworth MS80

O GP da Espanha de 1969 foi especial para Jackie Stewart. O tricampeão da Fórmula 1, que caminhava para o seu primeiro título naquela época, vencia a prova em Montjuic e estabelecia o recorde que permanece até hoje no esporte: a de maior diferença para o segundo colocado.

Stewart bateu Bruce McLaren por duas voltas, quase quatro minutos de diferença. Assim como o caso do britânico, saiba quando a diferença entre primeiro e segundo colocados foram incríveis.

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5º GP da Itália de 1954
O GP da Itália de 1954 foi a penúltima etapa do campeonato e Juan Manuel Fangio já havia conquistado seu segundo título mundial. Fangio largou da pole position em seu Mercedes W196 sendo apenas 0s2 mais rápido que Alberto Ascari em seu Ferrari 625, mas teve que lutar pela vitória durante a maior parte da corrida.
5º GP da Itália de 1954
A liderança da corrida mudou quatro vezes entre Karl Kling, Stirling Moss, Ascari e Fangio, mas o campeão do mundo assumiu a liderança pela última vez na volta 68 e venceu Mike Hawthorn com uma volta de diferença.
4º GP de Mônaco de 1967
No GP de Mônaco de 1967, Jack Brabham colocou seu Brabham BT-19 na pole position, apenas 0s7 mais rápido que Lorenzo Bandini, em sua Ferrari. As esperanças de vitória de Brabham foram frustradas no domingo por problemas no motor, por isso foi o companheiro de equipe, Denny Hulme, que deu passo forte para a vitória.
4º GP de Mônaco de 1967
Hulme, que largou da quarta posição, assumiu a liderança na volta 15 sobre Jackie Stewart e se afastou, terminando uma volta (mais de três minutos) à frente de Graham Hill. Infelizmente, o dia será lembrado pelo acidente que tirou a vida de Bandini.
3º GP da França de 1962
Em 1962, o GP da França foi realizado em Rouen, onde parecia que a batalha pelo título seria entre Graham Hill, Phil Hill e Bruce McLaren. Mas era alguém que não tinha marcado pontos até aquela etapa que deixaria todo mundo para trás naquele dia: Dan Gurney.
3º GP da França de 1962
O americano classificou seu Porsche apenas em sexto, com um tempo 1s7 mais lento que o pole, Jim Clark. Até a volta 41, Graham Hill havia liderado a maior parte da corrida, mas ele parou o carro com problemas de injeção de combustível para dar a liderança a Gurney. Nenhum dos outros pilotos que ainda estavam presentes conseguiu lutar, e Gurney terminaria uma volta à frente de Tony Maggs em seu Cooper-Climax. Esta foi a primeira e a mais dominante vitória de Gurney, dos quatro triunfos que ele alcançaria na F1.
2º GP da Austrália de 1995
O GP da Austrália de 1995 em Adelaide foi a etapa final da temporada, e o campeonato já havia sido definido a favor de Michael Schumacher. Mas isso não significava que o último evento do ano foi chato. Damon Hill conquistou a pole position do companheiro de equipe da Williams-Renault, David Coulthard, por apenas 0s123.
2º GP da Austrália de 1995
Mas foi Coulthard quem assumiu a liderança no começo antes de bater seu carro na volta 19 ao entrar no pitlane pela primeira vez. Michael Schumacher substituiu Coulthard na ponta, mas o então bicampeão mundial teve uma b atida com a Ferrari de Jean Alesi na volta 23, entregando a liderança a Hill.
2º GP da Austrália de 1995
A tarde provou ser dura, com apenas oito carros terminando devido a uma variedade de circunstâncias. No final, Hill terminaria duas voltas (quase três minutos) à frente de Olivier Panis em sua Ligier/Mugen-Honda.
1º GP da Espanha de 1969
O evento de Montjuic era a segunda etapa do Campeonato Mundial de F1 de 1969, e Jackie Stewart já havia vencido a primeira corrida na África do Sul em seu Matra-Ford.
1º GP da Espanha de 1969
Seu desempenho na classificação para o GP da Espanha não foi tão bom e ele teve que começar em quarto no grid, enquanto Jochen Rindt conquistou a pole position em seu Lotus-Ford.
1º GP da Espanha de 1969
Stewart perdeu dois lugares no início, mas a partir da sétima volta conseguiu subir, assumindo a liderança de Chris Amon na volta 56 quando o motor do neozelandês estourou.
1º GP da Espanha de 1969
Stewart desapareceu do resto do pelotão, alcançando o segundo lugar com Bruce McLaren. Sua margem de vitória foi efetivamente quase quatro minutos.
13

Top-10 das maiores margens de vitória na F1

Pos Ano Evento Dif. Vencedor    
1 1969 Espanha

2 laps

[3'59.6]

 Jackie Stewart Matra MS80  Bruce McLaren McLaren M7C
2 1995 Austrália

2 laps

[2'55.713]

 Damon Hill Williams FW17B  Olivier Panis Ligier JS41
3 1962 França

1 lap

[4'31.1]

 Dan Gurney Porsche 804  Tony Maggs Cooper T60
4 1967 Mônaco

1 lap

[3'12.6]

 Denny Hulme Brabham BT20  Graham Hill Lotus 33
5 1954 Itália

1 lap

[3'01.2]

 Juan Manuel Fangio Mercedes W196  Mike Hawthorn Ferrari 625
6 1952 Grã-Bretanha

1 lap

[2'48.]

 Alberto Ascari Ferrari 500  Piero Taruffi Ferrari 500
7 1950 Mônaco

1 lap

[2'46.5]

 Juan Manuel Fangio Alfa Romeo 158  Alberto Ascari Ferrari 125
8 1953 Argentina

1 lap

[2'42.6]

 Alberto Ascari Ferrari 500  Luigi Villoresi Ferrari 500
9 1985 San Marino

1 lap

[2'41.183]

 Elio de Angelis Lotus 97T  Thierry Boutsen Arrows A8
10 1969 Grã-Bretanha

1 lap

[2'36.1]

 Jackie Stewart Matra MS80  Jacky Ickx Brabham BT26A

Confira recordes de 'não-campeões' da F1

Mais vices: Stirling Moss (4)
O 'campeão sem título' foi vice de 1955 a 1958. Depois, com três cada, Jacky Ickx, Ronnie Peterson e Rubens Barrichello.
Mais vitórias: Stirling Moss (16)
O britânico também domina esta estatística, à frente de David Coulthard (13) e Carlos Reutemann (12), que fecham o 'pódio'.
Mais vitórias consecutivas: Stirling Moss (3)
A lenda é o único piloto sem título a ter três triunfos consecutivos, conquistados entre o fim de 1957 e o começo de 1958.
Mais vitórias na mesma temporada: Felipe Massa (6)
Vice de 2008, o brasileiro ganhou seis provas, com aproveitamento de 33,33% naquele campeonato. Moss, com quatro vitórias em 1958, tem índice de 36,36%.
Mais vitórias por diferentes construtores: Stirling Moss (5)
O britânico venceu por Cooper, Lotus, Maserati, Mercedes e Vanwall. Dan Gurney, Carlos Reutemann e Gerhard Berger venceram por três fabricantes diferentes.
Mais pole positions: René Arnoux (18)
O piloto francês supera Moss e Massa, que têm 16. Percentualmente, Moss leva vantagem, com média de 24,24%.
Mais poles consecutivas: Stirling Moss e Juan Pablo Montoya (5)
O britânico conseguiu a marca entre o GP de Portugal de 1959 e o GP de Mônaco de 1960. Montoya conseguiu a mesma quantidade entre os GPs de Mônaco e da França em 2002.
Mais poles na mesma temporada: Ronnie Peterson (9)
O 'Super Sueco' conseguiu incríveis nove poles no ano do bi de Jackie Stewart. Montoya fez sete poles em 2002.
Mais poles com diferentes construtores: Stirling Moss (5)
O recorde do britânico é absoluto, considerando inclusive os campeões da F1. Entre os que não venceram títulos, Rubens Barrichello (4) vem logo atrás de Moss.
Mais poles seguidas de vitórias: Stirling Moss e Felipe Massa (8)
Os dois pilotos estão empatados na proporção tendo em vista que fizeram o mesmo número de poles (16).
Mais pódios: Rubens Barrichello (68)
O brasileiro está à frente de David Coulthard (62), Carlos Reutemann (45) e Gerhard Berger (45).
Mais pódios consecutivos: Carlos Reutemann e Juan Pablo Montoya (8)
Igualdade entre ícones sul-americanos da F1.
Mais pódios em uma temporada: Valtteri Bottas (15)
O finlandês obteve a marca em 2019, rompendo os 14 pódios alcançados por Barrichello em 2004.
Mais pódios com diferentes construtores: Stirling Moss (6)
Novamente, a lenda da Inglaterra domina uma estatística, tendo chegado ao top-3 com BRM, Cooper, Lotus, Maserati, Mercedes e Vanwall. Entre fabricantes de motores, Barrichello é o líder (Ferrari, Ford Cosworth, Hart, Honda, Mercedes e Peugeot).
Mais corridas em que pontuou: Felipe Massa (165)
O piloto brasileiro é o líder neste quesito, embora seja necessário ponderar que o índice de abandonos diminuiu ao longo dos anos, além de a zona de pontuação ter aumentado. Barrichello vem logo na sequência, com 140.
Mais corridas em que pontuou consecutivamente: Valtteri Bottas (22)
O finlandês conseguiu o recorde entre os GPs da Grã-Bretanha de 2018 e de 2019. O holandês Max Verstappen vem atrás com 21.
Piloto que levou mais construtores à zona de pontuação: Andrea de Cesaris (9)
O italiano pontuou com Alfa Romeo, Brabham, Dallara, Jordan, Ligier, McLaren, Rial, Sauber e Tyrrell, sendo o recordista absoluto de toda a F1.
Mais voltas mais rápidas: Gerhard Berger (21)
O austríaco fez o giro mais veloz de um GP em 21 oportunidades, contra 19 de Moss e também de Mark Webber.
Mais GPs disputados: Rubens Barrichello (322 largadas)
O brasileiro é o líder absoluto de provas da F1, à frente do campeão de 2007, Kimi Raikkonen. Entre os não-campeões, Massa é o segundo (269) e Patrese o terceiro (256). Barrichello também é o não-campeão com mais temporadas (19, de 1993 a 2011).
Mais hat-tricks (pole, vitória e volta mais rápida): Stirling Moss, Jacky Ickx e Felipe Massa (4)
Empate entre o britânico, o belga e o brasileiro.
Mais grand chelems (hat-trick com todas as voltas lideradas): empate múltiplo (1)
Moss, Jo Siffert, Ickx, Clay Regazzoni, Jacques Laffite, Gilles Villeneuve e Berger fizeram um grand chelem cada.
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Jan Sergeant
Fórmula 1
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