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Veja o que Hamilton precisa para ser hexacampeão no GP do México

Britânico está prestes a se consolidar como segundo maior campeão da história da F1, precisando de pouco para garantir mais um título

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Lewis Hamilton pode sair do GP México como hexacampeão mundial de Fórmula 1. No entanto, Valtteri Bottas conseguiu dificultar um pouco a vida do companheiro ao vencer a corrida do último domingo em Suzuka. Para erguer a taça, o britânico dependerá do desempenho do finlandês.

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A dupla Hamilton - Bottas garantiu o título mundial de construtores de 2019 para a Mercedes, ao somar 41 pontos no último fim de semana, o sexto consecutivo da equipe, que igualou o recorde da dinastia Ferrari - Schumacher.

Bottas é única ameaça

Neste momento, a diferença de Hamilton para o terceiro colocado no mundial, Charles Leclerc, é de 117 pontos. Tendo em vista que um piloto pode somar no máximo 104 pontos nas próximas corridas, apenas o companheiro do britânico ainda pode ameaçar sua coroa.

Com a vitória no GP do Japão, Bottas atingiu seu objetivo de curto prazo, que era tornar muito difícil um título do companheiro no México. De agora em diante, a meta do finlandês é ainda mais ambiciosa, precisando de resultados improváveis para virar o campeonato.

Mas Hamilton tem planos muito diferentes e ainda leva uma enorme vantagem, podendo vencer o campeonato na próxima corrida se chegar ao pódio e contar com o azar do finlandês.

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Desempenho mediano garante título

O pentacampeão somou 338 pontos nas provas disputadas até agora, contra 274 de Bottas. A diferença de 64 pontos faz com que para ser campeão, Hamilton só precisa chegar na quinta posição nas últimas quatro corridas do campeonato.

Nesse caso, mesmo que o finlandês vença e faça a melhor volta de todas as corridas, a pontuação terminaria empatada, mas Hamilton seria campeão pelo número de vitórias, que seria de 9x7 a favor do britânico.

Portanto, de acordo com o desempenho mostrado nas 17 provas concluídas, é mais fácil Hamilton conquistar o título por antecipação, do que Bottas virar o jogo. A conquista do caneco no México é difícil, mas de sua parte, Hamilton não precisa fazer nada além do normal, ele só precisa torcer para o companheiro ter problemas.

Pódio é obrigatório para título no México

Com 64 pontos de vantagem, Hamilton precisa somar 14 a mais que Bottas no México para garantir o título, pois dessa forma alcançaria 78 de vantagem, mesma pontuação que o finlandês alcançaria se vencesse as três provas finais.

Tendo em vista que o quarto colocado pode somar no máximo 13 pontos em uma corrida, sendo 12 da posição de chegada e mais um se fizer a melhor volta, Hamilton precisa obrigatoriamente terminar a corrida entre os três primeiros.

Mesmo assim, ele precisa contar com alguma falha mecânica, acidente ou um dia ruim do companheiro. Entenda os cenários possíveis para o britânico faturar o título no autódromo Hermanos Rodriguez:

Se Hamilton for: Bottas pode ser no máximo: Diferença
15 pontos
1º + melhor volta 14 pontos
8º sem fazer melhor volta 14 pontos
2º + melhor volta 15 pontos
10º sem fazer melhor volta 14 pontos
3º + melhor volta 14 pontos
Pontuação da F1: 1º=25pts, 2º=18pts; 3º=15pts; 4º=12 pts; 5º=10pts; 6º=8pts; 7º=6pts; 8º=4pts; 9º=2pts; 10º=1pt e melhor volta: + 1 ponto

 

HAMILTON SEGUE A PERSEGUIÇÃO AO RECORDE DE SCHUMACHER

O piloto britânico alcançou a marca de 82 vitórias na F1 com o triunfo no GP da Rússia. A cada etapa do campeonato, o que parecia impossível ganha corpo: a quebra do recorde de Michael Schumacher. Faltam nove vitórias para Hamilton empatar com o alemão. Veja galeria exclusiva do Motorsport.com que mostra quem destronou quem ao longo dos anos:
Giuseppe Farina vence a primeira corrida da F1
O italiano venceu a primeira prova da história da Fórmula 1, em 13 de maio de 1950, no autódromo de Silverstone. Farina ainda encerraria aquela temporada como campeão, desbancando grande rival, Juan Manuel Fangio.
Juan Manuel Fangio vence em Mônaco e iguala Farina
Fangio não permitiu que seu companheiro de equipe estabelecesse uma hegemonia na F1. Apesar de perder o título para Farina, o argentino terminou o ano empatado em vitórias - 3x3.
Time da Alfa Romeo dominou duas primeiras temporadas
Os dois primeiros da foto, Fangio e Farina, alternaram-se como maiores vitoriosos até a metade da segunda temporada, quando estavam empatados em 4x4. A rivalidade se estendeu para os títulos dos dois primeiros anos: 1x1.
Alberto Ascari iguala Fangio em 1952
O italiano Ascari igualou marca estabelecida por Fangio, chegando a sua quinta vitória no GP da Inglaterra de 1952, depois disso, Ascari estabeleceria o primeiro reinado da F1.
Alberto Ascari estabeleceu o primeiro reinado da F1
Em 1953, Ascari chegou à marca de 13 vitórias, recorde que imperou na categoria por 21 corridas. Naquele ano, pilotando uma Ferrari, Ascari ainda se tornaria o primeiro bicampeão da história.
Com ajudinha de Musso, Fangio supera Ascari em 1955
Juan Manuael Fangio igualou o recorde de Ascari no GP da Itália em 1954 e superou a marca no início do ano seguinte, em uma corrida em sua terra natal, a Argentina. Durante a corrida, o carro de Fangio quebrou e ele pegou o de seu companheiro, Luigi Musso, para vencer a corrida, algo permitido na época.
Fangio: Reinado de títulos e vitórias
Em 1957, Fangio alcançou sua 24ª e última vitória na F1. Seu império só chegou ao fim 120 corridas e 13 anos depois.
Jim Clark igualou Fangio em 1967
O argentino foi destronado por um escocês voador. Jim Clark, em 1967, chegou às mesmas 24 vitórias no GP do México.
Jim Clark estabelece novo recorde: 25 triunfos
A África do Sul, em 1968, foi palco da vitória 25 de Clark, que o isolou à frente. O bicampeão morreria no mesmo ano, em Hockenheim.
Jackie Stewart ao lado de Jim Clark e Graham Hill
O reinado Clark teve duração de 5 anos (68 GPs). Curiosamente, foi derrubado por um compatriota: Jackie Stewart.
O quarto reinado: Jackie Stewart
Stewart, que conquistou o tricampeonato, igualou as 25 vitórias de Clark em Mônaco, em 1973, e o ultrapassou na Holanda.
Jackie Stewart somou 27 vitórias
O tempo de Stewart no trono durou impressionantes 14 anos, em um total de 218 GPs.
Alain Prost e Niki Lauda, ambos na McLaren em 1984
Em 1985, Niki Lauda e Alain Prost, os dois que mais se aproximavam de Stewart, terminaram o ano próximos do escocês. O austríaco fechou com 25 vitórias, empatado com Jim Clark. O francês tinha 21.
Alain Prost iguala recorde de Stewart
Foi apenas dois anos mais tarde (1987) que Prost igualou e passou Stewart. Em Spa, o então bicampeão chegou às 27 vitórias.
Um novo rei chegava ao trono em 1987: Alain Prost
Em Estoril, alcançou a vitória 28, transformando-se no recordista. Prost só foi batido 229 corridas depois, totalizando 14 anos de reinado.
Nelson Piquet ameaçava recordes de Prost
Neste mesmo GP de Portugal de 87, Nelson Piquet era o brasileiro mais bem colocado. Somava 20 triunfos na ocasião.
Surgia a maior ameaça a Prost: Ayrton Senna
Durante a dinastia Prost, o maior rival do francês começava a conquistar seu próprio território: Ayrton Senna.
Senna foi o segundo a bater marca de Stewart
O brasileiro foi o segundo piloto a passar Stewart. Isso ocorreu em Interlagos, em 1991, na sua vitória de número 28.
Senna ameaçava Prost, mas o francês administrava a liderança
Na ocasião, o ranking de vitórias tinha Prost com 44, Senna com 28 e Stewart com 27. Piquet acumulava 22 e Mansell 16.
Nigel Mansell também superou marca de Stewart
O terceiro piloto a deixar Stewart para trás foi Mansell. O britânico conseguiu a vitória 28 diante da sua torcida, em Silverstone, 1992.
Poucos imaginavam onde Schumacher chegaria
Meses mais tarde, ainda em 1992, um jovem promissor e que disputaria o Reinado das Pistas vencia sua primeira prova. Em Spa, Michael Schumacher terminou em primeiro.
Alain Prost se aposenta como Rei
A temporada 1993 foi a última de Prost no grid. E foi a chance que ele teve de ampliar a hegemonia que criou. Fechou sua marca com 51 vitórias, uma delas obtida em Hockenheim.
Senna ameaçava destronar Prost
Aquele temporada terminou com Ayrton Senna somando 41 vitórias. Era o candidato mais provável a roubar o trono de Prost.
Em 1994, Senna poderia ter subido ao trono da F1
Infelizmente, o brasileiro não pôde quebrar o recorde do rival Prost. No dia 1º de maio, em Imola, faleceu após acidente na curva Tamburello.
Caminho para o trono estava livre para Schumacher
Sem Prost e Senna, a Fórmula 1 via o início da construção do maior "Império" da categoria. Schumacher consolidava-se como o maior da sua geração.
Em 2001, em Budapeste, o alemão igualou a marca de Prost
A partir de 2000, Schumacher e Ferrari estabeleceram nova dinastia na categoria. O alemão igualou Prost em títulos e vitórias na mesma corrida.
O novo imperador chega ao Trono
A supremacia de Schumi aconteceu em Spa, no mesmo ano. O alemão alcançou o recorde de 52 vitórias na mesma pista que estreou e venceu pela primeira vez na carreira.
Schumacher comemora sua vitória número 91
Após alcançar incríveis 7 títulos, Schumacher estabeleceu o novo "sarrafo" para as próximas gerações em 91 vitórias, marca considerada impossível de ser repetida.
Fernando Alonso bateu Schumacher em 2005 e 2006
Assim que Schumacher se aposentou, uma nova geração começou a ganhar força. Fernando Alonso foi aquele que interrompeu a hegemonia de títulos (2005 e 2006).
Lewis Hamilton chegou com tudo na F1
Lewis Hamilton estreou no grid em 2007. Brigou pelo título já no ano de estreia. Foi campeão na temporada seguinte.
Outro postulante ao trono surgia em 2007
Também em 2007, Sebastian Vettel fez sua primeira corrida, ainda pela BMW. No ano seguinte, estrearia como piloto regular pela Toro Rosso.
Alonso foi grande, mas não chegou nem perto do trono
Alonso alcançou menos do que se esperava. Terminou a carreira no ano passado com 32 vitórias, uma a mais que Mansell, 9 a menos que Senna.
Vettel chegou a ser visto como grande ameaça
Vettel, pelos anos dominantes de Red Bull, parecia ser aquele que "caçaria" o compatriota Schumacher. Após o seu tetracampeonato, aos 26 anos, já tinha 39 vitórias.
Mas hoje a tarefa parece mais difícil para o alemão
Mas na Ferrari reduziu o ritmo. Somou mais 14 conquistas, chegando a 53 triunfos.
Aos poucos, Hamilton se estabeleceu ao redor do trono
Enquanto Vettel sofre na Ferrari, Hamilton sobra na Mercedes. Antes de seguir para a escuderia alemã, o inglês já acumulava 21 vitórias.
Um novo rei na F1?
Com a Mercedes, já foram quatro títulos, com mais 61 vitórias, totalizando 82.
Trono na mira
O inglês está 9 vitórias atrás de Schumacher. Se conseguir manter a média de vitórias por ano, alcançará o alemão em 2020.
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