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Vettel diz que carta a Lauda após doença foi escrita por “respeito”

Alemão explica os motivos que o levaram a escrever uma carta a Niki Lauda, quando o tricampeão mundial de F1 ficou doente

Niki Lauda, consultant David Coulthard and Sebastian Vettel

Niki Lauda, ​​que morreu no início desta semana aos 70 anos, fez um transplante de pulmão no verão europeu de 2018.

Ele chegou a dizer que no final do ano passado, quando recebeu uma carta de próprio punho de Sebastian Vettel enquanto estava no hospital, foi um "grande prazer".

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Questionado sobre a carta nesta quarta-feira em Mônaco, ​​Vettel disse que "o respeito diz tudo".

"Ouvi dizer que ele não estava bem há algum tempo e que não estava com disposição para atender o telefone", disse Vettel.

“Você pensa no que você ficaria grato se estivesse nessa situação. Só de ler uma pequena nota seria uma coisa legal.”

"Para mim, foi um sinal de respeito."

Vettel, um entusiasta da história da F1, chamou de "privilégio" ter passado algum tempo com Lauda, ​​que foi uma figura chave para a Ferrari.

Ele disse que aproveitou a oportunidade para perguntar a ele tudo o que podia, “como estavam os carros, como foi sua época na Ferrari, como era Enzo Ferrari”.

Vettel disse que seu respeito era baseado em "o que ele conseguiu, a pessoa que ele era, o que ele fez para o esporte".

“Eu me sinto privilegiado por ter a chance de não apenas conhecê-lo, mas conversar com ele regularmente, curtir piadas com ele e assim por diante”, disse Vettel.

“Seu senso de humor era muito direto. Às vezes você não sabia dizer se era apenas uma piada ou apenas uma declaração. Eu gostava disso.”

“Você não se depara com pessoas como ele com muita frequência, não apenas na F1, mas no geral.”

"Ele era uma pessoa única."

Lauda passou a ser presidente não-executivo da rival Mercedes, mas Vettel disse que ele sempre foi um "cavalheiro".

Ele brincou dizendo que Lauda tinha uma “linguagem honesta” que “eu acho que às vezes as pessoas não achavam que ele estava dizendo a verdade, quando ele estava”.

“Ele era assim mesmo. Há muitas pessoas que não são como você as vê na TV.”

“Mas Niki não era uma delas. Ele era quem ele era. Ele nunca fingiu ser qualquer coisa ou qualquer outra pessoa.”

“Ele era muito franco, com caráter, um verdadeiro piloto apaixonado pelo esporte, muitas coisas que as pessoas respeitavam.”

“Ele está deixando uma grande lacuna que não poderemos preencher".

TODOS OS CARROS DE LAUDA

Lauda foi campeão duas vezes pela Ferrari e uma pela McLaren. Veja todos os carros com os quais o austríaco pilotou na Fórmula 1.

1971, March 711
Foi com esse carro que Lauda estreou na Fórmula 1 no GP de seu país em 1971
1971, March 711
Lauda disputou apenas a corrida da Áustria em 1971
1972, March 721
Na temporada seguinte, Lauda (à frente) fez sua primeira temporada completa a bordo do March 721
1973, BRM P160
Em sua segunda temporada completa na Fórmula 1, Lauda correu pela BRM e impressionou a ponto de chamar a atenção de Enzo Ferrari
1974, Ferrari 312B3
Tanto que, em 1974, o austríaco foi contratado pelo time de Maranello
1974, Ferrari 312B3
Em seu primeiro ano em uma equipe de ponta, Lauda teve o suiço Clay Regazzoni como companheiro
1974, Ferrari 312B3
Aquele ano marcou a primeira vitória do austríaco, no GP da Espanha
1974, Ferrari 312B3
Lauda terminou a temporada em quarto. O brasileiro Emerson Fittipaldi foi o campeão, conquistando, com a McLaren, seu segundo título
1975, Ferrari 312T
Em 1975, porém, Lauda "destronaria" Fittipaldi. A bordo do novo carro da Ferrari, o austríaco brilhou
1975, Ferrari 312T
Com mais um ano de muita consistência e velocidade, Lauda voou para conquistar o primeiro de seus três títulos mundiais
1975, Ferrari 312T
Lauda foi campeão com 64,5 pontos. Fittipaldi foi vice com 45
1976, Ferrari 312 T2
Depois de conquistar seu primeiro título, o austríaco chegou à temporada seguinte com vontade de defender sua posição
1976, Ferrari 312 T2
O ano de 1976 começou bem, com grande confiabilidade do carro da Ferrari, melhor que a concorrente McLaren
1976, Ferrari 312 T2
Ao longo da temporada, porém, o carro da equipe britânica melhorou e James Hunt se colocou como rival de Lauda na busca pelo título
Niki Lauda, Ferrari, e James Hunt, McLaren
Os dois construíram uma grande rivalidade, mas eram amigos. A relação de ambos é retratada no filme "Rush"
Niki Lauda, Ferrari, e James Hunt, McLaren
No fim das contas, Hunt aproveitou a ausência de Lauda em algumas etapas por conta do acidente do austríaco em Nurburgring para somar pontos importantes e chegar à etapa final, em Fuji, com condições de vencer. Lauda acabou desistindo da corrida chuvosa em função das condições perigosas e Hunt chegou em terceiro para faturar seu primeiro e único título
1977, Ferrari 312T2
Na temporada seguinte, Lauda veio com fome para retomar o título
Niki Lauda, Ferrari 312T2
Dito e feito: o austríaco retomou a coroa em sua segunda, superando de vez as sequelas psicológicas do grave acidente do ano anterior
1978, Brabham BT45C
Em 1978, Lauda foi para a Brabham
1978, Brabham BT46
A equipe era comandada por Bernie Ecclestone
1978, Brabham BT46B Alfa Romeo
O motivo da saída para a Ferrari foi a procura da equipe italiana pelo argentino Carlos Reutemann após o acidente de Lauda em 1976
1978, Brabham BT46B
Um dos carros da Brabham em 78 chamava a atenção por sua traseira
1979, Brabahm BT48
No ano seguinte, a equipe seguiu sem condições de levar Lauda à disputa pelo título
1979, Brabham BT48
Foi nessa época que o austríaco começou a intensificar seus empreendimentos em sua companhia aérea
1979, Brabham BT48 Alfa Romeo
No fim daquela temporada, Lauda deixaria a F1 para tocar seus negócios
1982, McLaren MP4
Após dois anos afastado da categoria, Lauda foi persuadido por Ron Dennis a retornar, desta vez pela McLaren. Lauda foi quinto em sua primeira temporada após o retorno à F1
1983, McLaren MP4B
O terceiro título acabou não vindo no ano seguinte, em 1983, mas estava próximo
1984, McLaren MP4\2
Na temporada 1984, Lauda finalmente conquistou seu terceiro e último título mundial
1984, McLaren MP4/2
Em batalha com o novo companheiro Alain Prost, o veterano de 35 anos levou a melhor por apenas meio ponto: 72 a 71,5
1985, McLaren MP4/2B
1985 começou com uma série de abandonos de Lauda, o que complicou a temporada do tricampeão - e a relação com Ron Dennis
Alain Prost e Niki Lauda, McLaren MP4/2B
O austríaco ainda conquistou sua 25ª e última vitória na F1, no GP da Holanda, em Zandvoort. Prost (à frente) chegaria ao primeiro de seus quatro títulos naquele ano
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