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Williams: equipes verão que trabalho remoto é "incrivelmente difícil"

Equipes consideram adotar essa modalidade com o aumento do calendário para até 25 corridas

Mercedes engineers at work in the garage

Com a rápida expansão do calendário da Fórmula 1, que planeja 23 corridas para 2021 com a visão de aumentar para 25 nos próximos anos, as equipes começam a analisar diferentes possibilidades para não tornar o trabalho cansativo para seus membros. Entre elas, o trabalho remoto para alguns engenheiros e chefes. Mas para Dave Robson, diretor de performance da Williams, muitos irão perceber que essa opção seria "incrivelmente difícil".

Alguns chefes de equipe, como Toto Wolff e Mattia Binotto, já deixaram claro que não vão estar presentes em todas as corridas na próxima temporada. Ambos já fizeram testes anteriormente, deixando alguns de seus principais diretores à frente do trabalho na pista enquanto coordenavam tudo a distância, das fábricas. Mas isso pode acabar se estendendo a outros cargos, como engenheiros.

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Para o diretor de performance da Williams, Dave Robson, enquanto a tecnologia pode tornar o trabalho remoto possível nos finais de semana de GP, há algumas coisas que acaba se perdendo por não estar presente nas pistas.

No ano passado, Robson perdeu o GP da Turquia, e sentiu que complicações inesperadas acabaram acontecendo pelo fato dele não estar na garagem junto com o resto da equipe.

"Posso fazer tudo remotamente. Tenho tudo comigo na fábrica, mas é incrivelmente difícil", disse. "Você percebe quantas coisas acaba perdendo, quantas conversas, e como fica mais difícil colocar todas as peças juntas".

"Não é fácil, especialmente em condições como as da Turquia. Se fosse um final de semana com tempo seco e sem problemas, acredito que teria sido mais fácil, parcialmente porque eu não teria que me envolver tanto e porque teríamos menos coisas incomuns para nos preocupar".

O chefe da Mercedes, Wolff, disse que o número crescente de corridas faria com que as equipes planejassem a rotação de membros nas pistas, para evitar o risco de esgotamento ao forçar as pessoas a trabalharem por tantos finais de semana.

"Você não pode esquecer que as pessoas que trabalham mais duro são aqueles que montam e desmontam as garagens e os mecânicos que viram a noite se tiver algum problema", disse.

"É preciso questionar por quanto tempo isso é sustentável e se é necessário implementar um sistema que tenha uma segunda equipe que possa assumir essas funções mais difíceis. Isso é algo que estamos considerando no momento".

A expansão do calendário está encorajando as equipes a deixar mais funcionários trabalhando das fábricas em vez das viagens constantes, mas a F1 considera proibir as "garagens remotas" que as equipes têm nas suas sedes para aqueles que não trabalham.

Enquanto essas bases se mostraram valiosas nos últimos anos, lidando com estratégias e opções de engenharia para os GPs, Robson acredita que as equipes conseguiriam manter suas operações mesmo sem elas, se necessário.

"É possível viver sem elas. Se você voltar no tempo, elas não existiam e a equipe in loco podia fazer o trabalho de manter o carro seguro e legal, que são dois dos pontos mais importantes. Então, é possível viver sem isso, desde que todos sigam as mesmas regras de antigamente. Pode ser feito. Agora, se será melhor ou não, não sei".

An engineer at work in the garage

An engineer at work in the garage

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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