Chilton: se Alonso vencesse Indy 500, pareceríamos estúpidos
Inglês considera que participação do bicampeão na prova foi altamente positiva e admite que morte de Bianchi mudou sua abordagem para a vida
Max Chilton admitiu que uma hipotética vitória de Fernando Alonso nas 500 Milhas de Indianápolis, no último mês de maio, seria ruim para a imagem dos atuais pilotos regulares da categoria americana.
Alonso protagonizou uma das histórias mais surpreendentes do automobilismo recente ao deixar de competir no GP de Mônaco para se testar na tradicional corrida nos Estados Unidos.
A bordo de um carro da Andretti Autosport, o espanhol largou da quinta posição e chegou a liderar por 27 voltas, mas abandonou com uma falha no motor.
Chilton, ex-F1 que terminou aquela corrida na quarta colocação, reconheceu que o triunfo do espanhol pegaria mal para os pilotos que, assim como ele, competem em tempo integral na Indy.
“Sempre considerei Alonso um dos melhores pilotos do grid da F1, senão o melhor, então sei que ele é incrivelmente talentoso – e pessoas talentosas aprendem rápido”, analisou, em entrevista ao jornal inglês Sportsmail.
“Mas ele pegou o jeito mais rápido do que eu pensava e achei que ele iria [vencer]. Sei que algumas pessoas fizeram comentários sobre como ele mostrou como é fácil. Acho que foi bom para a Indy que ele não tinha vencido, porque teria feito todos nós parecer estúpidos.”
“Mas ele disse algumas coisas realmente legais sobre o quão desafiador é, o quão corajosos somos e o quanto ele quer voltar e vencer. Então, ele fez um grande favor para a Indy ao vir e competir.”
Morte de Bianchi “mudou minha vida”
Chilton também admitiu que a morte de Jules Bianchi fez com que ele próprio mudasse sua abordagem com a qual vive sua vida hoje em dia.
Bianchi era parceiro de equipe de Chilton na Marussia quando sofreu seu grave acidente durante o GP do Japão de 2014, ocasião em que colidiu com um trator e ficou imediatamente em estado grave. O francês chegou a ficar vários meses internado, mas acabou por falecer em julho de 2015.
“Eu estaria mentindo se eu dissesse que aquilo não me afetou”, disse Chilton. “Isso mudou minha vida, mas não a forma com que eu corro. Aquilo fez com que eu percebesse que nunca saberemos quando chega a nossa hora, então temos que extrair o máximo da vida e aproveitá-la”, completou.
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