Orgulhoso, Barrichello mira volta para tentar ganhar Le Mans
Estreante na tradicional prova de longa duração francesa, veterano destaca dificuldades da maratona, mas já fala em voltar com conjunto mais competitivo
Rubens Barrichello não escondeu sua empolgação após concluir sua primeira participação nas 24 Horas de Le Mans, neste fim de semana. O veterano enfatizou os desafios da prova de longa duração, mas já fala em retornar futuramente para, com um conjunto mais competitivo em mãos, poder lutar pela vitória.
Ao lado dos holandeses Jan Lammers e Frits van Eerd, Barrichello completou a prova no 14º lugar no geral (12º na classe LMP2). O trio contava com um chassi da Dallara, que não apresentou o mesmo rendimento dos demais Oreca em Le Mans.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil após a prova, Barrichello afirmou que, considerando todo o contexto, o saldo de sua participação foi amplamente positivo.
“Partindo do princípio de que, desde muito cedo, eles avisaram que possivelmente não teríamos algo competitivo, que o Frits teria problema de velocidade e tal... Partindo deste princípio e chegar até o final, e toda vez que montei no carro, ganhei posição – nas minhas tocadas, não tive nenhum problema”, disse o ex-piloto da F1.
“O Jan teve problemas por ter tocado um GT, teve que trocar alternador... Graças a Deus, eu saio daqui orgulhoso daquilo que conseguimos. Para esses holandeses, parece que eu ganhei a Copa do Mundo e só eu fiz gol. É sensacional esse sentimento.”
Apesar de não ter enfrentado nenhum contratempo de fato, Barrichello ressaltou que as 24 Horas de Le Mans possuem várias armadilhas. “Tem coisas inusitadas. A hora que pintou um solzinho, às 6h, foi a hora mais difícil. Você não enxerga a pista, parece um espelho pelo lusco-fusco. Acho que a minha lente caiu da cara”, brincou.
“Mas estou emocionado. Foi difícil para caramba. O pessoal da academia não vai me ver por uma semana, porque está tudo dolorido. Tem força G, velocidade, freio bom... Então, você não fica passeando. É ‘pau’ o tempo inteiro.”
“Fisicamente é a mais difícil, principalmente com esses 30ºC. Estou feliz pela dureza do negócio. Acabei de ver um senhor que correu contra a gente e sabe que quem não faz isso o tempo todo sofre muito na hora de entrar. O que mais me pegou foi meu pé direito por acelerar e frear, porque o pedal do Frits é muito longo. A minha perna ficou esticada o tempo todo. Então o cara dá valor a isso, e é muito legal.”
Barrichello gostou da experiência e quer levá-la além futuramente. “Gostaria de tentar voltar para cá em uma situação mais competitiva, onde a gente possa lutar por vitória. Porque ganhar ou perder é do jogo.”
“O [Nelsinho] Piquet poderia ter ganho, o [André] Negrão poderia ter ganho, o [Bruno] Senna estava liderando o tempo todo... É uma corrida muito longa, depende de certas situações, mas, de qualquer forma, gostei daquilo que vi.”
“Se tiver corrida de patinete, estou dentro. Se tiver um negócio competitivo... Obviamente aqui foi um negócio aceito, foi legal, um belo começo. Mas para ter uma longevidade, tem que estar numa coisa competitiva, senão você cai sempre no mesmo negócio – que é tentar terminar a corrida. E o valor de hoje foi terminar a corrida, mas o de amanhã, quem sabe, é tentar ganhar Le Mans.”
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