MotoGP: Rossi tem como meta 200º pódio antes de aposentadoria

Italiano deixará a categoria rainha do motociclismo no final da temporada de 2021 e está a um resultado do número desejado de colocações no top 3

Valentino Rossi, Petronas Yamaha SRT, Green carpet

Após sete títulos, 89 vitórias e 199 pódios, Valentino Rossi deixará a MotoGP no final da temporada com uma história incrível, sem falar nos dois campeonatos conquistados nas 125cc e 250cc e total de 26 triunfos nas duas categorias. No entanto, o último sucesso do Doutor foi na etapa da Holanda de 2017, há mais de quatro anos, e o italiano não subia ao pódio desde a Andaluzia no início de 2020.

Passado da equipe oficial da Yamaha para a Petronas SRT, satélite, este ano, o veterano luta para brilhar e só alcançou os top 10 duas vezes, nos GPs da Itália e Áustria, ajudado por sua decisão de manter pneus de pista seca quando a chuva chegou. Mesmo que seja regularmente deixado para trás pelos líderes, ele espera que um troféu definitivo encha suas prateleiras.

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"É muito importante manter o foco e fazer o máximo durante a segunda metade da temporada, pois quero fazer melhor que na primeira", disse Rossi. "Tentar ser mais forte, somar mais pontos e conseguir melhores resultados. Se eu tivesse um desejo antes de Valência, seria chegar ao pódio".

O #46 esteve muito perto do 200º top 3 no GP de San Marino do ano passado, antes de ser ultrapassado no final da corrida por Francesco Bagnaia, que treinou na sua academia, e Joan Mir. Franco Morbidelli e Luca Marini, meio-irmão do italiano, passaram por este programa destinado a levar ao topo as esperanças do país nas categorias pequenas.

"Os adeptos da Itália podem seguir a MotoGP mesmo que eu não esteja mais lá!", brincou. Ele também lançará na categoria rainha a VR46, cuja vocação será a promoção dos pilotos da academia.

"A divisão existia antes do Valentino Rossi e vai continuar depois de mim. Nos últimos anos, o nível melhorou enormemente. Os jovens são todos acompanhados por organizações, como a nossa academia, que os ajudam a progredir, a treinar com diferentes motocicletas. Ainda é divertido, mas agora é um trabalho de verdade."

"Começamos a ajudar meu irmão, Morbidelli e Migno no campeonato italiano, depois chegamos com a equipe na Moto3, com o Sky. Também tivemos o time na Moto2, a MotoGP é a última etapa... É difícil, porque tudo é maior lá, mas acho que estamos prontos. Temos uma boa escuderia na Moto2. Será para os nossos pilotos, vamos tentar apoiá-los na rainha também."

Diante de pilotos às vezes duas vezes mais jovens e mais eficientes do que nunca, em parte graças ao seu trabalho na academia, seu nível de competitividade se deteriorou e a aposentadoria tornou-se inevitável: "Acho que é a escolha certa. Por um lado, não estou feliz , porque eu gostaria que essa vida durasse mais 20 temporadas, mas é assim."

"Tomei minha decisão por causa dos resultados. Me divirto se ganhar, mas não sou só eu, todo mundo. Infelizmente, durante um ano, por vários motivos, não sou mais forte o suficiente, não sou mais rápido o suficiente para estar entre os cinco primeiros, nas lutas pelo pódio ou vitória. O nível continua melhorando. Você tem que treinar muito e quando fica mais velho, é ainda mais. Claro, temos muito menos prazer."

"Tentei resistir até o fim. Não queria parar no topo porque não queria ter arrependimentos. Por isso estou muito feliz e tranquilo, porque sei que fiz o meu melhor por muito tempo."

E é com um sorriso que Valentino Rossi se prepara para terminar 26 temporadas no mundial, com o desejo de manter os bons tempos: "O meu pai me ensinou que não se deve levar muito a sério a vida, o esporte e os resultados. Não é importante ser o melhor, o mais rápido e o mais forte."

"Você tem que trabalhar muito, mas também se divertir. Acho que esse é o segredo que me manteve ali por muito tempo. Fora da MotoGP tenho uma vida normal. Tenho alguns amigos de verdade. Acho que foi por isso que consegui ficar 26 anos."

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