Pedrosa: "moto deste ano foi escolha de Márquez"
Dani Pedrosa diz que razão pela qual vem ficando atrás de Marc Márquez na temporada 2016 da MotoGP é a moto, que foi construída para atender as necessidades do bicampeão
Dani Pedrosa é o quarto colocado na temporada 2016 da MotoGP, com dois terceiros lugares como melhores resultados. Enquanto isso, Marc Márquez, companheiro de equipe na Honda, venceu duas provas e lidera o campeonato.
Quem acompanhou a reta final de 2015, quando Pedrosa venceu de forma convincente os GPs do Japão e da Malásia, esperava muito mais do espanhol neste ano. No entanto, a Honda de 2016 não parece ter sido uma boa para Pedrosa, que vem sofrendo para acompanhar o ritmo de Márquez.
A fabricante japonesa mudou radicalmente o motor da moto durante os testes de pré-temporada - mudança que, de acordo com Márquez, foi pedida pelos dois pilotos da equipe oficial. Entretanto, Pedrosa alega que não influenciou na decisão e agora paga o preço por ter que correr com uma moto feita sob medida para o bicampeão.
Desde o teste de pós-temporada, em Valência - quando teve o primeiro contato com a moto de 2016 - Pedrosa já tinha consciência de que enfrentaria problemas.
"No fim das contas, não tínhamos muitas especificações de motor. Mas dentro do que tínhamos disponível eu não escolheria o que está na moto hoje. Quando fizemos a escolha eu já sabia que as coisas seriam complicadas para mim. Eu tinha noção disso desde novembro, mas é o que temos hoje", disse.
"A moto deste ano foi escolha de Márquez, não tive nada a ver com isso. No momento, ele está à frente e faz por merecer. Ele gosta da moto e se adapta a ela, enquanto eu sofro mais. Isso é claro, você pode ver pelos resultados e pelo modo como pilotamos", afirmou.
Pilotos das equipes satélite sofrem mais ainda
Além disso, Pedrosa disse que o fraco desempenho das equipes satélite da Honda nesta temporada, comparada com as temporadas anteriores, é mais uma evidência do quanto a RC213V foi construída focada nas necessidades de Márquez.
O sexto lugar de Cal Crutchlow no GP da Catalunha foi o melhor resultado de um piloto Honda satélite em 2016. "Você precisa pensar em todo o time, não somente em você", alfinetou Pedrosa.
“Se você olha para as demais motos da Honda, eles estão muito atrás se comparar a dois ou três anos atrás, quando você tinha Stefan Bradl ou Alvaro Bautista terminando em quarto ou quinto. Agora, os outros pilotos andam de 10º para trás. Então precisamos trabalhar para trazer as equipes satélite para o topo", completou.
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