Lotterer sugere sistemas híbridos para times privados no WEC
Andre Lotterer acredita que Mundial de Endurance deveria considerar a ideia de oferecer sistemas híbridos customizados na LMP1; objetivo seria incentivar a entrada de novas equipes na classe
A saída da Audi do Mundial de Endurance motivou um debate sobre qual direção o campeonato deve tomar, tendo em vista a necessidade de atrair uma nova montadora para se juntar à Toyota e Porsche, que seguem no campeonato.
Andre Lotterer, piloto da Audi de 2010 até o final da temporada 2016 do WEC, será piloto Porsche a partir do próximo ano. Tendo a experiência de iniciar os passos no endurance com a Kolles, com quem disputou as 24 Horas de Le Mans de 2009 com um Audi R10, Lotterer crê que o caminho para a LMP1 é o WEC oferecer sistemas híbridos para os times privados.
"É compreensível que os times privados não consigam manter os carros híbridos (LMP1), pois a tecnologia exige muitos recursos. Mesmo se uma fabricante desse suporte a um time privado, não creio que ninguém teria a capacidade de lidar com a tarefa e ainda fornecer peças”, disse Lotterer ao Motorsport.com.
"Talvez em alguns anos, se tivermos mais peças padronizadas, você possa oferecer isso como um pacote, creio que isso deveria ser considerado. Agora temos uma fabricante a menos no WEC, faria sentido oferecer pacotes LMP1 para os times privados”, afirmou.
"A tecnologia está aí, só precisamos torná-la disponível de alguma forma. Seria legal, pois no fim das contas precisamos de mais carros na LMP1. Poderia ser uma situação que criasse algum tipo de compensação financeira para uma fabricante caso ela vendesse parte de alguma tecnologia para uma equipe privada”, acrescentou.
Mudança de atitude em relação à Fórmula E
Em entrevista anterior ao Motorsport.com, Lotterer deixou claro que não tinha muito interesse em entrar na Fórmula E, dizendo que a categoria era “mais uma filosofia” do que um esporte.
Agora, no entanto, o alemão repensou e afirmou que pode considerar uma participação na categoria no futuro. "Não há razão para comparar a F-E com as corridas com as quais estamos acostumados, mas a indústria automotiva está cada vez mais elétrica, então faz sentido para as fabricantes estar na categoria”, disse.
"As corridas são emocionantes, os pilotos são bons e eles vão a grandes cidades. Os carros não são tão empolgantes quanto os que temos no WEC, com mais de 1000cv e velocidade e aceleração impressionantes”, afirmou.
"A F-E está no início, eles vão avançar. É difícil prever quando os carros serão velozes, como será o desenvolvimento das baterias. Sem dúvida é algo para o qual as fabricantes estão olhando agora”, observou.
"Eu considero a categoria porque se todos os melhores pilotos estão indo para lá, é para a F-E que irei também”, completou.
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