Otimistas, brasileiros da F3 europeia têm ambições distintas
Temporada 2016 começa neste fim de semana em Paul Ricard com grid reduzido pilotos brasileiros buscando objetivos diferentes
Uma das mais prestigiosas e polêmicas categorias de base do automobilismo mundial começa oficialmente neste fim de semana em Paul Ricard, na França. Com 21 carros confirmados para a primeira etapa, ante 33 de 2015, a F3 europeia conta com Sergio Camara e Pedro Piquet, representando o Brasil.
O piloto mineiro terá - na prática - a segunda temporada completa na categoria - em 2014 ele chegou a fazer algumas provas -, na mesma equipe, a Motopark, mas dessa vez com apoio da Red Bull, que conta com um dos programas de jovens pilotos mais desejados do mundo.
Sette Câmara declarou que aposta no trabalho contínuo do time, com o incremento na preparação no simulador.
"Este é meu segundo ano e já venho com experiência. Espero andar na frente, ser competitivo e melhorar como piloto, afinal de contas, a F3 é uma categoria de base. Se der tudo certo, no fim do ano quero brigar pelo título", disse Sérgio ao Motorsport.com.
A grande novidade para ele é a entrada da companhia de bebidas energéticas em sua carreira, mas, ao mesmo tempo isso pode significar o aumento de pressão, o que poderia impedir de colher bons resultados.
"Meu principal objetivo é chegar à F1. Querendo ou não, a Red Bull é uma porta de entrada. Eles dão um grande apoio em vários outros aspectos técnicos, então é uma bela oportunidade."
"A pressão é menor, porque sei que estou no caminho certo, de que estou fazendo bem as coisas e estou sendo apoiado por uma grande empresa, com histórico no automobilismo, então você se sente apoiado, e não pressionado."
Desafio fora do Brasil
Alguns desafios pautam o ano de Pedro Piquet na F3 europeia. O fato de ser mais um piloto a sustentar o legado do sobrenome da família, a ida à Europa após o bicampeonato da versão brasileira da série e debutar na F3, o que sempre é uma tarefa difícil.
"Tivemos o teste coletivo em Vallelunga e a desempenho de lá mostrou que nosso carro está bom e andando rápido. Foi até melhor que nossa expectativa e indica que seremos velozes na temporada."
"A minha equipe é muito boa e teve um princípio sólido. Mudou muito de um ano para o outro, com bastante investimento desde o fim do ano passado. Levou algum tempo para encaixar tudo perfeitamente, mas agora o carro está impecável. Estão trabalhando muito no carro."
Mas essa não será a primeira experiência internacional de Pedro. No início do ano ele competiu na Toyota Racing Series, na Nova Zelândia, onde conquistou sua primeira vitória fora do país.
"A experiência na Nova Zelândia foi muito positiva para mim. Acumulei quilometragem e é uma maneira de não ficar parado por dois ou três meses. Foram cinco fins de semana e 15 corridas. E isso me ajudou muito a entrar no ritmo de competição."
"O tempo de pista competindo vai me ajudar na Europa agora, porque é muito diferente ir para uma pista só para testar, da realidade de correr contra outros competidores. Isso acho que vai me ajudar mais."
Segundo o filho de Nelson Piquet, o primeiro ano na F3 será de adaptação e aprendizado, sem cobranças por vitórias ou briga por título, ao contrário de seu compatriota.
"A ideia é fazer um ano de adaptação, aprender as pistas, entender o carro etc. E no segundo ano brigar pelo título. Acho que o ideal seria fazer dois anos de F3 Euro e depois vamos avaliar quais serão as categorias boas para dar sequencia."
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