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Albon diz não ter sentido "pressão" na Red Bull por saber que "ainda teria Toro Rosso"

Tailandês afirmou que a ficha ainda não caiu e que encarou corridas na Red Bull como oportunidade e não como "vida ou morte"

Alexander Albon, Red Bull Racing

Após um turbulento e bem sucedido ano de estreia na Fórmula 1, Alexander Albon, afirmou que sentiu como se tivesse "flutuado" em 2019, pois admitiu que ainda não compreendeu completamente sua recente ascensão meteórica, saindo da F2 em 2018, para estrear na Toro Rosso no início da temporada e ser promovido à Red Bull no GP da Bélgica.

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Albon era um piloto de F2 com orçamento limitado em 2018, que ganhou uma vaga em de fábrica da Fórmula E com a Nissan, mas que trocou a oportunidade por uma oferta tardia para pilotar na F1 pela Toro Rosso.

O sólido início na categoria levou Albon a ser promovido, no meio da temporada, para a equipe principal da Red Bull, no lugar de Pierre Gasly. Seu melhor momento foi no GP do Brasil, quando perseguia o companheiro de equipe, Max Verstappen, e estava perto de garantir seu primeiro pódio na F1, mas Lewis Hamilton acabou tocando o tailandês e encerrou suas chances na corrida.

"Sinceramente, é um sentimento muito estranho, porque realmente não me atingiu, mas ao mesmo tempo percebo que estou na Red Bull", disse Albon. "É como se estivesse flutuando no meu primeiro ano. Eu realmente sinto que não estou ciente de nada".

"O que, eu acho, ser uma coisa boa. ​​Porque não sinto pressão. É bom, mas tenho certeza de que durante o inverno vou refletir sobre isso quando realmente vou ter tempo para mim".

"Eu quase me conta do que realmente aconteceu. Porque, para estar no time principal no seu primeiro ano, acho que o último a ter essa oportunidade deve ter sido Lewis [na McLaren em 2007]. Essa é a última vez que isso aconteceu e é essa quase 10 anos atrás".

Apesar da lembrança de Albon, na realidade, a situação se repetiu em 2014, quando Kevin Magnussen estreou na McLaren, substituindo Sergio Pérez.

Albon disse que ter a de segurança de uma equipe como a Toro Rosso como opção de retorno o ajudou a lidar com a pressão de vestir as cores da Red Bull.

"Você precisa estar consciente de que, se estiver pensando demais, não vai ajudar", disse ele. "Então [essa segurança] está sempre lá. No fundo da sua mente, onde as coisas realmente estão acontecendo, onde as decisões estão sendo tomadas e etc".

"Mas, ao mesmo tempo, a única coisa que vai provar alguma coisa são os seus resultados. Portanto, você precisa se concentrar em pilotar e extrair o melhor do carro, da equipe, que é um novo ambiente, tudo era novo." Do jeito que estava para mim, eu sentia a pressão do 'preciso me sair bem', era um sentimento de 'eu tenho uma oportunidade'".

"Isso me trouxe um tipo de mentalidade diferente, porque, certo ou errado, eu sempre senti que, se não desse certo, eu ainda teria uma chance na Toro Rosso. Portanto, nunca foi um caso de vida ou morte".

Red Bull e a dança das cadeiras

Equipe austríaca tem um dos programas de jovens talentos mais bem estabelecido da Fórmula 1, bancando a carreira de pilotos desde o kart até a categoria principal. No entanto, de tempos em tempos alguém paga o preço por não corresponder às expectativas, ou pelo menos, por não corresponder no momento esperado. Relembre a dança das cadeiras da Red Bull.

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Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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