Associação de Pilotos aprova uso do Halo na F1 em 2018
Presidente da GPDA, Alexander Wurz reconhece que peça não é a mais adequada esteticamente, mas garante que seu uso não afetará o espetáculo
A Associação de Pilotos da F1 insiste que a mobilização por parte da FIA em aumentar a segurança, o que resultou na controversa decisão de implementar o Halo para 2018, não resultará em prejuízos para o espetáculo competitivo.
A decisão da FIA de forçar o uso do Halo, o que acredita-se que teve apenas uma equipe de acordo na recente reunião do Grupo Estratégico, provocou diversas críticas nas redes sociais.
Muitos fãs e comentaristas se mostraram infelizes com a aparência dos carros da F1 no ano que vem, sendo que já se sabe que equipes e alguns pilotos são contrários ao uso da peça devido ao aspecto visual.
Mas, apesar de haver clara resistência ao uso do Halo, a FIA sentiu que não poderia adiar a introdução da proteção por mais tempo – especialmente pelo fato de que o primeiro uso do Escudo, no GP da Inglaterra da semana passada, tenha sido decepcionante.
Veto de segurança
Um dos problemas para a FIA foi que poderia haver implicações legais no futuro se houvesse algum piloto lesionado ou morto em um acidente que seria evitado pelo uso do Halo.
É por isso que a FIA decidiu por usar seu veto em questão à segurança e decidir pelo uso do Halo, que será modificado em relação à versão que vem sendo utilizada até agora.
A GPDA, Associação de Pilotos de GP, admite que o Halo não é a solução perfeita em termos estéticos, mas garante que o aumento de segurança não significa que o espetáculo está sendo retirado da F1.
Na verdade, ela indica que os carros mais seguros abrem espaço para o aumento de velocidades e pilotos mais abertos a forçarem o limite.
O presidente da GPDA, Alexander Wurz, afirmou que os pilotos sempre irão apoiar as intenções da FIA de aumentar a segurança, mesmo que se saiba que o Halo é controverso por sua aparência.
“Com relação à introdução da proteção adicional para cabeça, como já foi dito por várias vezes, nós pilotos respeitamos a posição da FIA e apoiamos a tentativa em deixar as corridas mais seguras”, disse Wurz ao Motorsport.com.
“Nas últimas décadas, temos visto velocidades aumentando, com voltas cada vez mais rápidas, e essa busca só foi possível graças ao aumento de segurança. No mesmo período, também vimos um aumento de popularidade em nosso esporte.”
“A F1 é modelo em aumento de segurança sem prejudicar a performance. Enquanto que o Halo possa não ser a melhor decisão estética para todos, nós, pilotos, vamos correr e forçar o máximo possível na pista, o que é fundamental para que a F1 continue crescendo e se tornando mais popular.”
O Halo foi originalmente concebido pela Mercedes, passando por melhorias adicionais pela FIA – que conduziu testes extensos por vários anos.
Uma das consequências da introdução do Halo para 2018 é que o limite de peso da F1 será ainda maior, mas sabe-se que a GPDA pediu para que os pilotos mais pesados não sejam prejudicados com isso.
Recentemente, a GPDA recuou nas conversas sobre o Halo, deixando a FIA sozinha para decidir o que fazer a respeito desde o fim do ano passado.
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.