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Chefe da McLaren: Parceria com a Honda "foi um desastre”

Eric Boullier promete que time britânico irá recuperar credibilidade perdida nos próximos anos após acordo fracassado

Fernando Alonso, McLaren MCL32
Fernando Alonso, McLaren MCL32
The car of Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32, is returned to the garage on a flat bed truck
Zak Brown, Executive Director, McLaren Technology Group, Eric Boullier, Racing Director, McLaren
Eric Boullier, McLaren Racing Director
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Fernando Alonso, McLaren MCL32
Jonathan Neale, Managing Director, McLaren, Zak Brown, Executive Director, McLaren Technology Group, Eric Boullier, Racing Director, McLaren
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32

Anunciada em 2013, a parceria entre McLaren e Honda se iniciou em 2015 e tinha grandes intenções. Depois de um momento vitorioso e histórico no fim dos anos 80 e início dos 90, a equipe e a montadora queriam reviver os dias de glória da parceria que rendeu quatro títulos em cinco anos.

No entanto, desde o início o desempenho dos carros foi bastante afetado pela falta de potência e confiabilidade da unidade motriz da Honda. E isso levou a uma quebra de contrato pela McLaren na última semana.

Falando em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, o chefe da equipe, Eric Boullier, admitiu que o tradicional time inglês precisou mudar o fornecedor de motores para restaurar sua credibilidade e começar a atrair patrocinadores mais uma vez.

"Quando você olha os últimos três anos, foi um desastre para nós em termos de credibilidade e novos patrocinadores", disse Boullier.

"Aí você tem que assumir uma visão de longo prazo: Nos próximos cinco anos tenho certeza absoluta de que vamos voltar para onde a McLaren merece.”

"E com este retorno, vamos recuperar nossa credibilidade e reconstruir nosso portfólio de patrocinadores. Isso pode demorar de dois a três anos.”

"Nós estamos em nono no campeonato. Com um motor superior, acho que estaríamos em quarto agora, e apenas com o dinheiro do FOM (premiação dada pela F1) podemos cobrir o lado do motor. Então, não será um grande risco no lado monetário o fim da parceria com a Honda.”

"Agradecemos aos acionistas, que se mostraram corajosos o suficiente para tomar uma decisão esportiva e não ferir a McLaren. Eles poderiam ter dito: 'Vamos esperar até que a Honda se levante'.”

Teste de Barcelona foi momento-chave

Boullier revelou que a equipe começou a reconsiderar o futuro de sua parceria com a Honda já no teste de pré-temporada, quando ficou claro que o motor japonês não conseguiu evoluir como a McLaren esperava.

"O momento crucial foi após o teste de Barcelona, quando tentamos trabalhar e ajudar a Honda a melhorar a situação em um curto espaço de tempo, inclusive conversando com outros fabricantes de motores. Sem entrar em detalhes, tornou-se óbvio que eles novamente haviam perdido o alvo que tínhamos acordado para a temporada.”

"Então, no verão, sabíamos que precisávamos tomar uma decisão: Permanecer ou não."

Apesar da falta de resultados, Boullier admitiu que se separar da Honda não foi uma decisão fácil de tomar.

"Muito difícil", disse ele. "Toda a história para eles – assim como para nós – era recriar o legado do passado. No papel, tudo parecia certo. Apenas o modo como foi feito não estava certo, obviamente.”

"Por sorte, nós conseguimos fazer um acordo amistoso e eles entenderam que todo o investimento que eles fizeram, deveriam ter obtido alguma recompensa por isso em algum momento. Nós não podemos esperar – mas eles podem obter a recompensa com outra equipe.”

"Estou muito feliz que eles tenham decidido ficar na Fórmula 1 e se comprometer com outra equipe. Pessoalmente, me sinto um pouco triste por não ter funcionado, mas estes três anos foram muito intensos."

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