Em meio ao maior jejum da carreira, Hamilton completa dois anos sem vitórias na F1

Heptacampeão destaca aprendizado e afirma que essa não é a pior fase de sua carreira

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG,

Neste dia 05 de dezembro, o heptacampeão Lewis Hamilton vive um aniversário amargo: há exatos dois anos, o britânico conquistava sua última vitória na Fórmula 1 até aqui, no GP da Arábia Saudita de 2021, iniciando o maior período de seca de sua carreira na principal categoria do automobilismo mundial.

Naquela ocasião, a estreia da etapa de Jeddah era a penúltima prova da tensa temporada de 2021. Largando da pole com Valtteri Bottas ao seu lado, Hamilton disputou a vitória contra Max Verstappen durante boa parte da corrida.

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No final, o heptacampeão conquistou aquela que seria sua 103º vitória da carreira, abrindo caminho para um GP de Abu Dhabi histórico, com os dois chegando a Abu Dhabi empatados com 369,5 pontos cada.

Verstappen garantiu a vitória e o título em Abu Dhabi em meio à polêmica envolvendo o safety car nas voltas finais. Nos dois anos seguintes, a Red Bull entregou uma das performances mais dominantes da história da F1, vencendo 38 dos 44 GPs disputados em 2022 e 2023.

E enquanto a Mercedes triunfou em um dos seis GPs não vencidos pela Red Bull, com George Russell no GP de São Paulo de 2022, Hamilton não sabe o que é vencer na F1 há exatos dois anos, algo que nunca havia acontecido em sua carreira.

Neste período, a Mercedes viveu mais momentos de baixa do que de alta. Após começar mal a era dos carros com efeito solo, a equipe alemã apostou no ousado conceito do zeropod que, mesmo sem trazer os resultados esperados, foi mantido para 2023. Mas, ainda cedo na temporada, o time percebeu o erro e corrigiu com um grande pacote de atualização no GP de Mônaco. Houve uma melhora, mas longe do esperado por Brackley.

Em meio a isso, Hamilton vive algo sem precedentes em sua carreira. Até 2021, o heptacampeão havia vencido pelo menos uma corrida por ano desde sua estreia na F1, em 2007. O total de 15 temporadas consecutivas é um recorde para a categoria, empatado com Michael Schumacher.

Mesmo vivendo a "ressaca" da disputa de 2021, Hamilton teve bons momentos em 2022, com nove pódios conquistados, mas acabou o ano atrás de seu companheiro de Mercedes no Mundial. Já em 2023, o heptacampeão conseguiu retomar o ritmo, batendo Russell na disputa interna e terminando com a terceira posição no Mundial, o simbólico "melhor do resto". Mas, limitado pela performance do carro, terminou a temporada com apenas seis aparições no top 3.

Em entrevista a veículos de imprensa após o GP de Abu Dhabi de 2023, o heptacampeão fez um balanço do ano e da fase que vive na F1:

"Também tive anos difíceis quando era mais jovem. O carro de 2009 era péssimo, mas conseguimos vencer graças a uma atualização. 2010 e 2011 também não foram boas. Em um ano lutei contra mim mesmo e, no outro, o carro não estava bom".

"Se você olhar para as vitórias, esse é o período mais longo que fiquei sem vencer em minha carreira. Mas se pensar no todo, [em 2009, 2010 e 2011] esses anos foram muito piores".

Mesmo assim, Hamilton tira boas lições desse período: "Acho que aprendi muito mentalmente sobre como ficar em forma e me manter positivo. Tenho quase 39 anos e estou em ótima forma".

"Quando você tem duas temporadas tão difíceis, começa automaticamente a se questionar se é por sua causa ou pelo carro. Você ainda tem o que é preciso para vencer ou perdeu? Quando tudo se encaixa é como mágica. Sou humano, e quem diz que não duvida de si próprio está enganado".

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Guilherme Longo
Fórmula 1
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