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Emocionado, Pérez celebra primeira vitória na F1: "Achei que a corrida tinha acabado na primeira volta, mas não desisti"

Mexicano se aproveitou da lambança das Mercedes nos boxes para assumir a ponta e disparar após a saída do safety car

Sergio Perez, Racing Point RP20

Uma vitória que ninguém teria apostado no início da corrida. Sergio Pérez caiu para último ainda na primeira volta do GP de Sakhir de Fórmula 1 devido a um toque de Charles Leclerc, mas deu o seu melhor, escalou o grid, aproveitou todas as oportunidades e conquistou uma improvável primeira vitória na categoria, em um momento em que ainda está sem vaga para 2021.

Pérez conseguiu se manter próximo dos demais pilotos graças à entrada do safety car, devido aos abandonos de Leclerc e Max Verstappen. Com isso, além de pneus novos em comparação aos demais, conseguiu escalar rapidamente o pelotão, voltado ao Top 10 em menos de 20 voltas.

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Enquanto a maior parte do Top 10 estava de pneus macios, ele ficou mais tempo na pista por estar de médios, um fator fundamental para estar em terceiro no momento que o safety car foi acionado por conta da batida de Jack Aitken. Na lambança das paradas das Mercedes, aproveitou para ocupar a ponta e dali não saiu mais, abrindo uma grande vantagem para Ocon, de mais de 10s.

Após a prova, na entrevista conduzida por David Coulthard, um emocionado Pérez celebrou sua primeira vitória na F1.

"Estou sem palavras. Espero não estar sonhando, porque sonhei com isso por muitos anos. Estar nesse momento, me levou dez anos. Incrível. Não sei o que dizer. Achei que a corrida tinha acabado após a primeira volta, assim como na semana passada. Mas não desisti".

"Recuperar, passar todo mundo, fazer o melhor possível. Nessa temporada a sorte fugiu de mim em alguns momentos, mas finalmente vencemos por mérito. As Mercedes tiveram problemas mas, no final, meu ritmo foi forte o suficiente para segurar George, que fez uma corrida fantástica hoje".

"Infelizmente cometi um erro durante o safety car. Travei meus pneus e estraguei o dianteiro esquerdo. No meu primeiro stint, tinha muita vibração. Mas assim que me recuperei no segundo stint, disse à equipe que o carro parecia uma limosine".

"Estava fácil de guiar sem vibrações. O ritmo era incrível. E tivemos uma leitura boa de tudo ao longo do fim de semana. Chegamos aqui achando que seriam duas paradas mas depois da sexta, sabíamos o que fazer".

Sobre 2021, ele volta a falar que o futuro não está em sua mãos.

"Isso me deixa mais em paz comigo mesmo. Para ser honesto, o que vai acontecer não está nas minhas mãos. Mas sei que quero seguir. Então, se não tiver no grid em 2021, volto em 2022".

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Guilherme Longo
Fórmula 1
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