F1: "A diplomacia acaba hoje", diz Wolff, irritado com decisões contra Mercedes
Chefe da Mercedes defende que não é contra pilotagens agressivas, mas cobrou coesão da direção de prova comparando com casos passados na temporada
Após um GP de São Paulo de Fórmula 1 turbulento para a Mercedes, que terminou com a vitória de Lewis Hamilton apesar de largar em último na Sprint do sábado, Toto Wolff, afirmou que "a diplomacia acabou", criticando as decisões da direção de prova e dos comissários, que deram vários "golpes na cara" da equipe alemã.
Hamilton foi excluído da classificação de sexta por uma irregularidade no DRS, que se abria mais do que o permitido pelo regulamento. O britânico saiu de último na Sprint para terminar em quinto e, após largar em 10º no domingo, devido à troca do motor de combustão interna, venceu depois de uma batalha eletrizante com Max Verstappen, reduzindo a diferença no Mundial de Pilotos.
A Mercedes classificou a exclusão de Hamilton como "dura", notando que geralmente as equipes receberiam uma permissão para fazer reparos em problemas como esse em situação de parque fechado, mas não apelou da decisão.
Na corrida do domingo, a direção de prova optou por não abrir uma investigação contra Verstappen por uma defesa agressiva contra Hamilton na curva quatro, quando os dois carros acabaram indo parar fora da pista, algo que Wolff classificou posteriormente como "ridículo".
Questionado se ele achava que a Mercedes recebia um tratamento igual ao das outras equipes, Wolff disse que, apesar de não querer reclamar, ele sente que o momento de ser diplomático com os assuntos chegou ao fim.
"Não quero ficar chiando aqui, porque não é o modo como vejo o esporte. Acho que recebemos muitos golpes na cara neste fim de semana com decisões que poderiam ter ido para qualquer lado, a nosso favor ou contra".
"Quando as decisões sempre vão contra você, é algo que me deixa irritado, e vou defender minha equipe, meus pilotos, no que for. Sempre fui muito diplomático no modo como discuto as coisas. Mas a diplomacia acaba hoje".
Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes AMG, in the garage
Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images
Wolff acrescentou que superaria manobras como a de Verstappen se o regulamento permitisse elas, mas sente que falta clareza.
"O que o regulamento diz, se as regras dizem que é válido, o que eu adoraria que dissesse, tudo bem. Não estou discutindo o princípio desse tipo de pilotagem. É algo muito legal e deveria ser permitido, Mas não quando foi explicado anteriormente que você não pode forçar alguém para fora da pista".
Após a corrida, Hamilton foi convocado novamente para comparecer perante os comissários, agora por soltar o cinto de segurança na volta após a bandeira quadriculada, resultando em uma multa.
Há também uma intriga da parte da Red Bull sobre o design da asa traseira da Mercedes, devido à sua impressionante velocidade de reta, mas a equipe austríaca não protocolou nenhum protesto.
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