F1: FIA estende isenção de uso de joias para pilotos até o fim de junho
Isso permite novas rodadas de conversas entre pilotos e direção de prova
A FIA estendeu a isenção de uso de joias para os pilotos dentro dos carros de Fórmula 1 até o fim de junho, permitindo que novas rodadas de discussão sobre o assunto aconteçam.
Sob a tutela do novo diretor de provas, Niels Wittich, vários elementos do Código Desportivo Internacional da FIA foram aplicados de forma mais rígida no começo da temporada 2022, incluindo artigos sobre o uso de joias dentro dos carros.
Após um lembrete inicial divulgado na Austrália sobre o uso de piercings ou correntes dentro do carro, a norma foi oficializada em Miami, quando checagens para confirmar o cumprimento da regra passaram a integrar a declaração de escrutínio pré-corrida.
Lewis Hamilton chamou a manobra de "desnecessária" e "um passo atrás", dizendo que não planejava remover todos seus piercings, com destaque para o do nariz, que não tem como ser retirado manualmente. Por isso, ele recebeu uma isenção de duas corridas, que valeria até este fim de semana, em Mônaco.
Mas agora o britânico e o resto do grid ganham mais tempo para isso, até o fim de junho, o que inclui mais três corridas: Mônaco, Azerbaijão e Canadá. A manobra tem como intenção permitir um diálogo maior entre os pilotos e a comissão médica da FIA, que buscam chegar a um meio termo ideal para todos.
As primeiras discussões aconteceram na Espanha, com a FIA destacando as questões de segurança que podem existir com o uso de joias no carro.
Lewis Hamilton, Mercedes
Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images
O acidente de Romain Grosjean no GP do Bahrein de 2020 é citado como um acidente onde qualquer interferência do uso de joias no carro poderiam causar problemas na extração de pilotos do cockpit do carro. Mas o próprio ex-Haas revelou que correu naquela ocasião com aliança e relógio, afirmando que não gostaria de ter que remover o anel.
A incerteza segue para alguns pilotos sobre o que é permitido ou não, incluindo alianças. Kevin Magnussen disse que irá conversar com a FIA sobre o tópico.
"Eu aceito um pouco mais de queimado na mão para correr com minha aliança", disse. "E se algo acontecer, algo ruim, quero estar com minha aliança. Me sinto mal em remover. Com algo assim, a aliança, nos deixe assumir a responsabilidade. Tem que ter um modo de tirar a responsabilidade deles".
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