F1: Haas se posiciona sobre impasse de Mercedes, Red Bull e Ferrari com corrida sprint
Para Günther Steiner, chefe da escuderia americana, discussão a respeito de aumentar o teto orçamentário por prova classificatória é "uso de poder"
O chefe da Haas na Fórmula 1, Günther Steiner, acredita que a posição das principais equipes sobre os planos da corrida sprint para 2022 e o teto orçamentário é compreensível em meio ao impasse atual. A categoria testou um novo formato de fim de semana de prova classificatória em três eventos em 2021, com uma rodada de 100 km no sábado para definir o grid do GP no domingo.
Os planos estavam sendo formulados para expandir para seis eventos em 2022 e revisar elementos da corrida, como pagamento de pontos e designação da pole position. No entanto, um impasse surgiu nas negociações em meio à resistência das principais escuderias, que queriam que o limite de custos fosse aumentado para cobrir possíveis acidentes.
O chefe da McLaren, Zak Brown, disse que o esforço de uma equipe para um aumento de US$ 5 milhões (cerca de R$ 26,64 milhões) no teto era "ridículo" e que "não havia fatos racionais por trás disso".
O impasse pode resultar em um comprometimento e fazer com que as corridas sprint sejam reduzidas para apenas três eventos mais uma vez este ano, com as negociações programadas para continuar nas próximas semanas.
Steiner disse nesta sexta-feira (4) que espera que seja confirmado o número de três eventos para 2021, com a próxima reunião da Comissão de F1 oferecendo a chance de "ver mais onde as coisas estão".
Questionado pelo Motorsport.com se estava desapontado com a postura das grandes equipes nas conversas, Steiner respondeu que eles estavam "tentando fazer o melhor trabalho possível" e jogando com seus pontos fortes.
"Se você tem dinheiro, o que precisa é de um teto orçamentário maior – se você não tem, tente conseguir”, disse ele. "Eu acho que eles estão apenas fazendo seu trabalho."
"Acho que eles tentam usar seu poder para mover algo que os ajudaria a cumprir os objetivos, que envolvem gastar mais dinheiro. Algumas escuderias só precisam de maior orçamento, o limite não é o problema, na verdade é o dinheiro [que] é."
"Existe uma governança em vigor, e isso resolverá o problema na minha opinião", acrescentou.
As equipes devem se reunir com os oficiais da F1 na próxima comissão, marcada para 14 de fevereiro. Oito das dez equipes precisam dar seu apoio para que uma mudança de regra sobre a corrida sprint seja aprovada para o regulamento.
A prova de abertura do ano no Bahrein, que havia sido originalmente designada como possível anfitrião do novo formato, ocorrerá em 20 de março.
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