F1: McLaren quer restringir relações entre equipes principais e 'satélites'

Para o time britânico, compartilhamento de tecnologia traz vantagens injustas e faz categoria se distanciar do propósito de 'campeonato de construtores'

Andreas Seidl, Team Principal, McLaren

O chefe da McLaren na Fórmula 1, Andreas Seidl, disse que o compartilhamento de tecnologia entre times parceiros deve ser revisado com a FIA. O tema das chamadas "equipes B" tem sido recorrente nos últimos anos.

Com o limite orçamentário atingido e as principais escuderias controladas pelos regulamentos de testes aerodinâmicos, os benefícios de tecnologia repassada se tornaram mais relevantes do que nunca.

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A relação entre Haas e Ferrari tem sido controversa entre os rivais desde que a equipe americana chegou ao esporte, e esteve no centro das atenções novamente desde que o VF22 - novo carro da Haas - apareceu pela primeira vez.

Embora Seidl não quisesse falar sobre esse caso específico, ele deixou claro que a McLaren, que não tem outras alianças além de um motor Mercedes, quer a situação esclarecida.

"Estamos muito ocupados esta semana, então não posso falar especificamente sobre os dois carros da Haas e Ferrari, por exemplo", disse ele. "No entanto, não é segredo que, em geral, essas relações que podem existir dentro dos regulamentos - e como elas estão em vigor no momento - são uma preocupação para nós."

"É por isso que somos da opinião de que, seguindo em frente, devemos colocar em prática que a F1 seja na verdade um campeonato novamente de 10, 11 ou 12 construtores verdadeiros, onde as únicas coisas que você deveria poder compartilhar são, na verdade, as unidades de potência e os componentes da caixa de câmbio. Todo o resto teria que fazer sozinho."

"Sabemos que assim que você for mais longe, definitivamente terá uma mudança ou transferência de tecnologia que é relevante para o desempenho do carro, e não é isso que a categoria deveria ser."

"É por isso que estamos trazendo continuamente esse tópico para outras escuderias que têm as mesmas preocupações. E também o diálogo com a FIA."

Otmar Szafnauer, Team Principal, Alpine F1, Esteban Ocon, Alpine F1 Team

Otmar Szafnauer, Team Principal, Alpine F1, Esteban Ocon, Alpine F1 Team

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

O novo chefe da Alpine, Otmar Szafnauer, expressou receios específicos sobre equipes compartilhando túneis de vento e uma possível transferência informal de informações.

"A preocupação é que aqueles que compartilham túneis de vento possam 'tomar um café' juntos", disse ele à F1 TV. "Especialmente, se eles são parceiros e dizem durante o café: 'como foi a última que você tentou? Não vá nessa direção, não tão bom'."

Embora sua equipe anterior, a Aston Martin, compartilhe o túnel de vento da Mercedes, Szafnauer insistiu que não houve transferência de ideias nesse caso.

"Definitivamente não aconteceu na Aston/Mercedes porque tínhamos processos robustos em vigor", reiterou. "E nós não fomos tomar um café com nossos respectivos aerodinamicistas, mas isso pode acontecer se eles estiverem morando no mesmo lugar, usando o mesmo túnel e os mesmos ambientes."

"Tivemos a chance de usar um túnel de vento nos fins de semana, e a Merc usava durante a semana. Os projetistas nem se viam."

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