F1: O que há por trás da "pista pintada" de Xangai que surpreendeu os pilotos?
Tópico foi bastante discutido no dia de mídia da categoria
Os pilotos da Fórmula 1 foram pegos de surpresa durante suas voltas pelo circuito de Xangai nesta quinta-feira pelo aspecto do traçado chinês. Sem nenhuma notificação nas notas pré-GP da China pela FIA sobre o recapeamento, a cor do asfalto, que já tinha linhas de gasto em certos pontos, deixou a impressão de que havia sido pintado.
Como dito por Daniel Ricciardo: "Parece que eles pintaram a pista ou algo assim. Eles fizeram algo com a superfície. Não sei como a pista vai mudar, se será a mesma ou super escorregadia. Mas talvez isso mude o comportamento dos pneus".
E Ricciardo não foi o único a questionar qual tipo de impacto isso teria em um fim de semana na qual as equipes já estão preocupadas com o fato de terem apenas um treino livre (por ser uma etapa sprint) em uma pista na qual eles retornam após cinco anos longe.
Max Verstappen disse que não vê nada do tipo desde seus anos no kart, quando era comum ver ações do tipo para melhorar a aderência em pistas antigas: "Parece que foi pintada e não recapeada".
Já Carlos Sainz revelou que a situação deixou os pilotos e sua equipe bem confusos.
"Acho que já há muitos fatores desconhecidos, e agora o asfalto parece ter sido tratado de forma bem particular. Não acho que a FIA ou as equipes entendem o que foi feito aqui: se foi um recapeamento total ou apenas um tratamento bizarro de betume".
A view of the track
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
"Certamente parece algo bem particular, algo que não vimos recentemente nos circuitos de F1".
Mas uma pesquisa feita pelo Motorsport.com descobriu que, apesar da pista parecer pintada, o que foi feito é, na verdade, um tratamento de superfície de betume comumente usada nas estradas dos EUA e dos países da Ásia.
O betume é aplicado de forma fluida na superfície da pista para ligar com a superfície do circuito já existente. Isso é feito para eliminar poeira, melhorar a impermeabilidade e também prevenir a desintegração. Isso foi feito no ano passado, e a variação na cor ao redor da pista é resultado de uso por categorias que já correram lá.
Isso deixa a entender que o desgaste deve ser concluído ao longo do fim de semana de F1, o que deve abrir a porta para vários níveis de aderência em diferentes partes da pista.
Sem repetição do fiasco de Istambul
A aparência da pista inevitavelmente relembrou o caso do GP da Turquia de 2020, quando as equipes e pilotos foram pegos de surpresa pelo asfalto recapeado que tinha zero aderência. Mas Sainz está confiante de que não será um caso tão dramático quanto, com fontes sugerindo que o tratamento melhora a aderência.
"Não acho que será como a Turquia. Lá foi um caso muito particular. Mas se, de repente, tivermos desgaste e tudo mais, isso pode deixar dúvidas sobre as estratégias para o resto do fim de semana".
Sebastian Vettel, Ferrari SF1000, Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11
Photo by: Charles Coates / Motorsport Images
Mas enquanto o tratamento da pista pode não causar o caos da Turquia, ele certamente pode impactar na performance dos pneus. As equipes ainda não sabem se os carros e compostos atuais vão levar a degradação ao limite ou se as pressões maiores vão causar desgastes ainda maiores.
Um final de semana de baixa degradação como na Austrália pode ser uma boa notícia para a Ferrari - enquanto o outro lado casaria melhor com a Red Bull.
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